07 jun, 2021 - 19:49 • Vítor Mesquita
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O presidente da Câmara de Melgaço diz-se "estupefacto" com a decisão do Governo espanhol de exigir um teste negativo de despiste à Covid-19 para quem viaje do lado português para Espanha.
Segundo uma nota do Consulado Geral de Espanha em Portugal, a medida, que entrou em vigor esta segunda-feira, é aplicável a "todas as pessoas com mais de seis anos que cruzem a fronteira terrestre" entre os dois países e obriga à apresentação de, pelo menos, uma das "certificações sanitárias exigidas a todos os passageiros que entrem em Espanha por via aérea e marítima".
Para além do teste negativo à Covid-19, as autoridades espanholas também aceitam certificados de vacinação completa ou um documento que ateste a recuperação da doença.
No entanto, a medida exceciona quem viajar de localidades a menos de 30 quilómetros da fronteira.
Em declarações à Renascença, Manuel Batista, autarca de Melgaço, diz não ter, ainda, informações suficientes sobre uma decisão que considera "um absurdo".
"Não se entende, não sei qual é a base científica ou outra para uma decisão destas", argumenta.
Manuel Batista lembra que o conjunto de municípios transfronteiriços do Alto Minho - Melgaço, Monção, Cerveira, Valença, Caminha - "estão praticamente com zero casos positivos no âmbito do Covid. Depois de todo o processo de fronteira aberta, como é que se justifica esta situação? Não percebo".
Quem não cumpra as regras impostas por Espanha, sujeita-se a multas de três mil euros.
Portugal regista esta segunda-feira mais duas mortes e 388 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Nos hospitais portugueses estão internadas 291 pessoas, mais 26 em relação ao balanço de domingo.
Desde a chegada da pandemia a Portugal, em março do ano passado, estão confirmadas 17.036 mortes e 853 mil casos de Covid-19.