09 jun, 2021 - 20:23 • Lusa
O ministro das Infraestruturas e Habitação disse esta quarta-feira entender as razões da greve de dia 25, dos trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP), afirmando que leva "muito a sério a contestação" mas "infelizmente" não pode "resolver tudo".
"Temos muito respeito por quem trabalha nas empresas públicas, na CP e IP, e levamos muito a sério a contestação e a insatisfação dos trabalhadores", adiantou Pedro Nuno Santos, no lançamento da variante rodoviária a Arruda dos Vinhos.
"Tentamos, dentro do que são as nossas possibilidades, corresponder e às vezes não conseguimos", lamentou o ministro.
"O país está a enfrentar dificuldades transversais a toda a economia, infelizmente não podemos resolver tudo, em Portugal ganha-se muito pouco e isto é um dos problemas que todos temos", tanto no público como no privado, adiantou.
"Tentaremos fazer um esforço dentro das possibilidades do Estado", prometeu, referindo haver reuniões já marcadas.
Transportes
A CP termina esta terça-feira uma greve de três di(...)
Os trabalhadores da CP, da IP e empresas filiadas voltam a estar em greve no dia 25 de junho pelo aumento geral dos salários, anunciaram as estruturas sindicais.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
O pré-aviso de greve abrange os trabalhadores da CP, da IP e das suas empresas filiadas (IP Telecom, IP Património e IP Engenharia), de acordo com um comunicado.
Segundo o SNTSF e a Fectrans, as orientações do Governo para as empresas do setor "são de contenção e congelamento dos salários", pelo que defendem que "há razão para que a luta na IP e empresas aliadas, seja coincidente com a da CP, que têm ambas a mesma tutela governamental".
"Os trabalhadores destas empresas querem ver valorizados os seus salários que, cada vez mais, se aproximam do salário mínimo nacional e porque é uma reivindicação de todos, entendemos que é necessário que a luta seja, cada vez mais, abrangente e com trabalhadores de todas as categorias e profissões" afirmam as estruturas sindicais.
Esta nova paralisação marcada para dia 25 segue-se à greve dos trabalhadores da IP que se realizou a 2 de junho e que provocou perturbações significativas na circulação de comboios.
Já na CP terminou esta terça-feira uma greve de três dias dos revisores e trabalhadores das bilheteiras que teve também impacto na circulação de comboios.