22 jun, 2021 - 16:52 • Redação
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O processo de vacinação vai ser antecipado nos lares. Todos os funcionários e utentes que foram infetados há mais de três meses vão ser vacinados contra a Covid-19, revela à Renascença a “task force” do plano de vacinação.
“Em virtude do risco acrescido da maioria deste universo, face à sua idade avançada, a ‘task force’ e a DGS avaliaram ser prudente abrir-se uma exceção ao previsto na norma 002/2021 e proceder à vacinação de todos os funcionários e utentes que foram infetados há mais de 3 meses (e não 6 meses)”, refere a equipa que coordena o plano de vacinação em Portugal.
Em resposta a questões colocadas pela Renascença, a “task force” acrescenta que a Segurança Social identificou 8.500 pessoas por vacinar em lares, sendo que 4.500 foram infetados.
Para o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, a antecipação da vacinação nos lares "é uma grande alegria" e "significa que a task force está a trabalhar e está a trabalhar bem".
"Ficamos muito contentes com esta decisão. Falta agora fazer alguma pedagogia junto daqueles que não querem ser vacinados, sobretudo os que trabalham nos lares. Explicar-lhes porque é que o não ser vacinado os põe em risco a eles e às suas famílias", afirma Manuel Lemos à Renascença.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma a existência de seis surtos ativos de Covid-19 em lares portugueses.
Há 54 pessoas infetadas, “parte das quais já estarão igualmente recuperadas. Também neste setor a redução do número de surtos tem sido significativa”, confirmou à Renascença esta autoridade da saúde.
A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que não há necessidade de voltar a limitar as visitas a lares de idosos, advogando que as pessoas vacinadas contagiadas com o novo coronavírus desenvolvem "uma doença muito mais moderada".
Apesar da existência de seis surtos ativos em lares de idosos, Marta Temido garantiu estar atenta à questão, mas considerou que a limitação das visitas "a pessoas institucionalizadas em estruturas residenciais para idosos não parece ter neste momento necessidade de ser estabelecida".
Portugal regista esta terça-feira mais seis mortes e 1.020 novos casos de Covid-19, avança o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O país está em cima da linha da zona vermelha da matriz de risco.
Três das vítimas mortais tinham entre 70 e 79 anos e as restantes três mais de 80 anos.
[notícia atualizada]