23 jun, 2021 - 12:40 • Celso Paiva Sol , com redação
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, não vê qualquer "escancarar" de fronteiras aos ingleses, sem respeito pelas regras de prevenção da Covid-19.
Augusto Santos Silva diz que Portugal está a fazer exatamente aquilo que toda a Europa se prepara para fazer através do Certificado Verde Digital.
Sem ser um comentário direto às palavras da chanceler alemã, Ângela Merkel, o ministro disse esta quarta-feira no Parlamento que não percebe as críticas que se têm ouvido sobre a gestão de entradas em território nacional.
“O que nós fizemos em relação aos viajantes ingleses é aquilo que, a partir de 1 de julho, será obrigatório no âmbito da União Europeia. O que nós dissemos foi que os viajantes britânicos que vinham e vêm para Portugal, apresentando um teste negativo à chegada realizado nas últimas 72 horas, podem entrar em Portugal”, disse Augusto Santos Silva.
“Não vejo que isso seja alguma maneira de escancarar Portugal aos ingleses sem o cuidado de verificar as suas condições de saúde relativamente à Covid-19”, frisou o chefe da diplomacia portuguesa.
Chanceler diz que a situação epidemiológica que Po(...)
Augusto Santos Silva está no Parlamento a responder a diversas questões sobre a política externa, em especial sobre a agenda do Conselho Europeu que começa amanhã e que será o último da Presidência Portuguesa da União Europeia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou Portugal por permitir a entrada de turistas britânicos, numa altura em que a variante Delta da Covid-19, altamente infecciosa, já circulava ativamente no Reino Unido.
Merkel mostrou-se esta terça-feira preocupada em relação às regras definidas pela União Europeia em relação a viagens, que, segundo a chanceler alemã, não estão a resultar, à medida que os países adotam abordagens variadas para o surgimento da nova variante da Covid no Reino Unido.
O presidente do PSD, Rui Rio, acusou o Governo de estar a fazer Portugal passar "por uma vergonha desnecessária", considerando que depois da "vexatória desconsideração" do Reino Unido, os portugueses têm que "ouvir a justa indignação da chanceler alemã".