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Comboios

Greve. Fertagus prevê realizar 25% dos horários na segunda-feira

27 jun, 2021 - 13:59 • Lusa

A empresa assegura a ligação entre as duas margens do Tejo de comboio. Prá-aviso de greve é para os dias 28 de junho e 2 de julho.

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A Fertagus, que assegura a ligação ferroviária sobre a Ponte 25 de Abril, prevê para segunda-feira a circulação de apenas "25% dos horários, com períodos de interrupção", devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP).

"Prevê-se a realização de apenas 25% dos horários, com períodos de interrupção ao longo do dia", avançou, em comunicado, a empresa.

A Fertagus lamentou as perturbações na circulação e sugeriu a utilização de transportes alternativos.

Os trabalhadores da IP e das suas filiadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) vão estar em greve na segunda-feira e no dia 02 de julho, reivindicando melhores condições laborais, nomeadamente, o aumento dos salários.

A plataforma de sindicatos que representam os trabalhadores entregou um pré-aviso de greve com início às 00h00 e término às 24h00 dos dias 28 de junho e 2 de julho de 2021, depois de os colaboradores já terem parado em 2 de junho.

"Os trabalhadores da IP e das suas participadas não aceitam a discriminação praticada pelo Governo e aceite pela empresa que decide pelo aumento de salário para 308 dos seus 3.784 trabalhadores", defendeu, em comunicado, a plataforma sindical.

As reivindicações em causa prendem-se com o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como "fator de resolução e prevenção de conflitos", a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.

Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP- Comboios de Portugal a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.

Os trabalhadores protestam também "contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho".

O Tribunal Arbitral não acedeu ao pedido da IP para que, durante os dois dias de greve, fosse assegurada 50% da atividade, reduzindo os serviços mínimos à segurança e manutenção.

A plataforma que representa os trabalhadores da IP e das suas participadas é constituída pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e pelos sindicatos Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), Independente dos trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ) e dos Transportes Ferroviários (STF).

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