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Tribunal de Loures

Homem acusado da morte do ator Bruno Candé condenado a 22 anos de prisão

28 jun, 2021 - 11:50 • Redação com Lusa

Para o Ministério Público (MP) ficaram provadas as motivações de ódio racial do idoso que esteve em Angola durante a guerra colonial.

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O homem, de 76 anos, acusado do crime de homicídio qualificado de Bruno Candé, baleado em Moscavide, foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio qualificado mais dois por arma ilegal, ficando com uma pena única de 22 anos e nove meses de prisão decretada pelo Tribunal de Loures.

Para o colectivo de juízes ficaram provadas as motivações de ódio racial do idoso que esteve em Angola durante a guerra colonial, apesar das alegações de que a discussão foi originada por causa de um cão.

Segundo o despacho do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, o arguido afirmou durante uma discussão com a vítima, em 22 de julho de 2020, entre outros impropérios: "Vai para a tua terra, preto! Tens toda a família na senzala e devias também lá estar!".

Durante a discussão, na via pública, o arguido levantou a bengala em direção ao ator Bruno Candé, ameaçando-o de morte e fazendo referência à cor do cidadão, segundo o MP.

De seguida, refere o MP, o ator Bruno Candé entrou num veículo, tendo o arguido ainda gritado "tenho lá armas em casa do Ultramar e vou-te matar".

Nos dias seguintes, o arguido passou diversas vezes na mesma rua com uma pistola calibre 7,65 milímetros, esperando voltar a encontrar a vítima, que habitualmente passeava a cadela no local.

Em 13 de maio, na primeira audiência do julgamento, o homem confessou o assassínio ao dizer ter disparado seis tiros contra o ator.

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