30 jun, 2021 - 07:08 • Eunice Lourenço
O Governo assina esta quarta-feira mais uma série de protocolos com 31 câmaras para aumentar o número de municípios com espaços para teletrabalho ou trabalho remoto que passam a ser 88. A utilização destes espaços vai também ser alargada aos funcionários públicos que queiram mudar-se para o interior.
“É um programa conjunto entre Ministério do Trabalho, Ministério da Coesão, Ministério da Administração Pública no sentido de criar condições para promover a fixação e a atração de trabalhadores para os territórios de baixa densidade com o objetivo de termos cada vez mais instrumentos para que esta fixação aconteça”, diz a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
Nestes espaços de “cowork” (em que podem trabalhar no mesmo espaço pessoas de várias empresas, funcionários públicos e trabalhadores por conta própria) é possível ter acesso a internet, computadores, impressoras e sistemas de videochamadas para reuniões à distância. “O objetivo do programa é abranger todo o tipo de trabalhadores e cria condições para desenvolvimento de trabalho remoto, garantido que há um espaço de trabalho separado do espaço familiar”, acrescenta a ministra.
O acesso a estes espaços é gratuito, mas implica inscrição no município. “São os municípios que erem estes espaços a nível local”, diz Ana Mendes Godinho, que remete também para as câmaras a responsabilidade pela divulgação.
Este programa de apoio ao teletrabalho no interior integra uma outra medida de apoio chamada Programa Interior+ que foi criado em agosto de 2020 e que pretende incentivar os jovens a fixarem-se nos territórios de baixa densidade populacional.
O apoio inicial a quem pretenda mudar-se para o interior pode ir até aos 4800 euros.
Segundo Ana Mendes Godinho, esta medida já recebeu 460 candidaturas, abrangendo um total de 820 pessoas. Cerca de metade das candidaturas estão aprovadas, as outras estão ainda em fase de análise, mas já é possível perceber que o Centro do país é a região que atrai mais gente e que a maioria dos candidatos é trabalhador por contra de outrem.
“É interessante ver que destas candidaturas, cerca de 68% são relativas a trabalhadores com contratos de trabalho por conta de outrem e cerca de 28% são pessoas que criaram o seu próprio emprego no interior, ao longo destes meses”, analisa a ministra.
Em termos regionais, a maior parte destes processos de mobilidade são relativos a trabalhadores que se deslocam de Lisboa para a região Centro. A região Centro tem 23% do total, seguida do Alentejo, com 20% das pessoas e 12% para o norte”, divulga a ministra, acrescentando que 62% dos candidatos já aprovados têm ensino superior mais de metade são jovens até aos 34 anos.
Norte: Baião; Celorico de Basto
Centro: Oleiros; Góis; Penacova; Tábua; Vila Nova de Poiares; Guarda; Sabugal; Pinhel; Sátão; São Pedro do Sul
Alentejo: Odemira; Serpa; Vidigueira; Chamusca; Coruche; Castelo de Vide; Avis; Crato; Elvas; Fronteira; Nisa; Borba; Moura; Gavião; Viana do Alentejo; Castro Verde
Algarve: Lagos; Aljezur; Vila do Bispo
Região Norte: Amares; Arcos de Valdevez; Bragança; Cinfães; Macedo de Cavaleiros; Melgaço; Miranda do Douro; Mirandela; Monção; Mondim de Basto; Paredes de Coura; Terras de Bouro; Valpaços; Vila Flor; Vila Nova de Cerveira; Vila Pouca de Aguiar; Vila Verde; Vimioso
Centro: Abrantes; Aguiar da Beira; Arganil; Carregal do Sal; Castelo Branco; Condeixa-a Nova; Covilhã; Figueira de Castelo Rodrigo; Fundão; Idanha-a-Nova; Lousã; Mação; Miranda do Corvo; Oliveira do Hospital; Ourém; Pampilhosa da Serra; Penamacor; Penela; Proença-a-Nova; Santa Comba Dão; Sever do Vouga; Soure; Vila de Rei; Vila Nova da Barquinha; Vouzela
Alentejo: Alter do Chão; Alvito; Vendas Novas
Algarve: Albufeira; Alcoutim; Castro Marim; Faro; Loulé; Monchique; Olhão; Portimão; São Brás de Alportel; Silves; Tavira