06 jul, 2021 - 06:59 • Lusa
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O bastonário dos Médicos defende que há medidas alternativas ao confinamento que devem ser usadas para travar a pandemia como “regras mais restritas” para que as pessoas as cumpram, uma fiscalização efetiva e uma nova matriz de risco.
“O Governo, porque estava a ter mais casos em Lisboa, tomou algumas medidas restritivas para a Grande Lisboa ao fim de semana”, como proibir a circulação para dentro e fora da região, o fecho dos restaurantes mais cedo, “mas não serviu para conter a infeção porque “a variante Delta já está espalhada pelo país”, afirmou Miguel Guimarães, em declarações à agência Lusa.
A variante Delta, sublinhou, “está espalhada porque o vírus não fica sem fazer nada à semana, não tem dias e, portanto, esta visão das coisas é uma visão que não funciona”.
“Se calhar nem precisaríamos de ter confinado Lisboa, temos de começar é a impor regras mais restritas através da educação das pessoas, para que cumpram as normas da Direção-Geral da Saúde”, defendeu o bastonário da Ordem dos Médicos (OM).
Miguel Guimarães frisou que a máscara é necessária, mas há “demasiadas pessoas” sem ela, o que considerou “um erro”. E é preciso que as pessoas cumpram o distanciamento e mantenham o nível de higiene.
Defendeu também “algumas regras apertadas” para eventos com mais pessoas, para que tenham de fazer um teste rápido de antigénio, que agora é comparticipado pelo Estado.
“Há um conjunto de ferramentas que nós devemos utilizar para a economia continuar a funcionar e para protegermos a saúde e isso começa pela matriz [de risco], defendeu, avançando que "dentro de pouco tempo" a Ordem dos Médicos vai ter uma "matriz já pronta a funcionar" que tem em linha de conta "vários parâmetros" porque a situação mudou.
No seu entender, é preciso associar à matriz “nova medidas” “absolutamente essenciais”, como apelar às pessoas para se vacinarem.
“Dar uma ajuda à ‘task force’ através de instituições de áreas completamente diferentes, do desporto, da cultura, etc, a aparecerem e motivarem as pessoas para serem vacinadas porque há um conjunto grande de pessoas que não estão a ser vacinadas” e "não são apenas as pessoas que recusam por SMS a vacinação, são também as que não aparecem com convocatória do SNS e são “um número elevadíssimo”, disse.
Uma "mensagem forte" que também tem ser passada é que mesmo os vacinados têm de usar máscara. "Há muitas pessoas vacinadas sem máscara, o que está errado. Temos de continuar a educar as pessoas nesse sentido”, reiterou.
Outra medida é “usar massivamente” testes rápidos de antigénio para “um conjunto enorme de atividades” para conseguir controlar surtos em casamentos, batizados, em atividades culturais, desportivas, disse.
Presidente da Comissão de Acompanhamento da Respos(...)