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Alentejo

Portalegre. Obras de arte transformadas em tapeçaria assinalam 20 anos de museu

09 jul, 2021 - 22:01 • Rosário Silva

Almada Negreiros, Maria Keil, Júlio Pomar ou Vieira da Silva, são, entre muitos outros, autores representados nas brilhantes tapeçarias que se assemelham a verdadeiras telas. Inaugurado em julho de 2001, o Museu da Tapeçaria de Portalegre recebeu, até hoje, cerca de 134 mil visitantes.

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O Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino assinala este sábado os 20 anos de existência com três exposições e uma conferência.

A exposição “Entre Linhas”, de Fátima Frade, a renovada exposição “A Tapeçaria e os Artistas”, e “Reis, Poetas e Navegadores”, de Costa Pinheiro, são as mostras que celebram, em dia de aniversário, duas décadas deste museu que recebeu, até aos dias de hoje, cerca de 134 mil visitantes.

As comemorações iniciam-se às 17h30 e compreendem também uma visita guiada por Bruno Marques à exposição “Reis, Poetas e Navegadores”, a que se segue uma conferência subordinada ao tema “Retratos imaginários de heróis nacionais”.

O museu é dedicado, particularmente, à “apresentação, conservação e estudo” de uma arte ampliada pelas tecedeiras da região e é património artístico nacional.

Na sua organização colaboraram o Instituto Português de Museus e a Manufatura de Tapeçarias de Portalegre, que contribuiu com o depósito de um conjunto significativo de coleções, para que a sua inauguração se concretizasse em julho de 2001.

O espaço museológico recebeu o nome de Guy Fino, homenageando, assim, este homem que “definitivamente integrou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de Tapeçaria”, refere o município alentejano.

O Museu está dividido em dois núcleos. O primeiro, no piso térreo, apresenta a história da Manufatura de Tapeçarias de Portalegre, assim como os processos técnicos de execução desta arte.

O segundo núcleo, no piso 1, é dedicado á apresentação exclusiva de obras de tapeçaria, tentando seguir, tanto quanto possível, “uma linha cronológica que acompanha o desenvolvimento desta arte, desde o seu nascimento em Portalegre, em finais dos anos 40 do século XX, até à atualidade.”

Almada Negreiros, Guilherme Camarinha, Maria Keil, Júlio Pomar, Vieira da Silva, Maria Velez, Costa Pinheiro, Sá Nogueira, Lurdes de Castro, Eduardo Nery, Menez, Graça Morais, José de Guimarães, ou ainda Jean Lurçat e Le Corbusier, são, entre muitos outros, os autores nacionais e internacionais, que viram as suas obras transformadas em brilhantes tapeçarias que se assemelham a verdadeiras telas.

Além das áreas de exposição permanente, de uma galeria de exposições temporárias e de um auditório com capacidade para 150 pessoas, o museu conta também com uma cafetaria, o foyer e o jardim, como espaços complementares de fruição pública.

A celebrar duas décadas de vida, o Museu da Tapeçaria de Portalegre conta, a partir deste sábado, com novos motivos de visita.

São exposições que podem ser visitadas de terça-feira a domingo.

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