Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Covid-19

Regresso das barracas em Lisboa é “prova clara” da crise Covid

15 jul, 2021 - 20:10 • Hugo Monteiro , Filipe d'Avillez

O padre Jardim Moreira diz que o país ainda não tem noção da dimensão real do problema provocado pela pandemia a nível social.

A+ / A-

Veja também:


O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza não está surpreendido com o facto de haver mais famílias a viver em barracas na região da Área Metropolitana de Lisboa.

Apesar de não ter dados sobre o fenómeno, o padre Jardim Moreira apela a uma rápida intervenção de Governo e autarquias para reverter a situação.

"Não temos ainda a dimensão real do que possa vir a acontecer. E essa é uma prova clara do que estava já a surgir”, começa por afirmar o sacerdote.

“Precisamos de estar atentos para que este problema seja revertido o mais rapidamente possível, com intervenção de todas as instâncias que têm responsabilidade na vida coletiva. Desde as câmaras, as juntas, as instituições e o Governo. Temos de ter aqui uma atenção, se não caímos aqui numa depressão coletiva. Temos de nos preparar para que as consequências da crise Covid se vão manifestar e avolumar”, diz.

Nestas declarações à Renascença, o padre Jardim Moreira destaca o peso da crise no setor do turismo e no crescimento das situações de pobreza.

“Quem cresceu mais na pobreza não foram os tradicionais. Esses mantiveram, mantêm com mais crise ou menos crise, mais ou menos abundância”, recorda.

“O que veio a complicar foram as 400 mil pessoas que ficaram sem casa ou ficaram sem emprego, as famílias que não têm alimentação e toda esta panóplia que vai criar toda uma dependência e toda uma dificuldade de sustentabilidade, como a que está ligada a muitos empregos que havia no turismo, que eram precários.”

O padre Jardim Moreira conclui então que “se então se não houver uma reviravolta a curto prazo as consequências vão ser de facto gravosas".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+