16 jul, 2021 - 16:23 • Maria João Costa
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Tal como há 56 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian volta a dar o seu contributo nacional à vacinação. Se em 1965, a Gulbenkian financiou o primeiro plano de vacinação realizado a nível nacional, adquirindo vacinas contra a poliomielite, a difteria, tétano e a tosse convulsa, agora disponibilizou 50 unidades móveis ao Ministério da Saúde, para a vacinação contra a Covid-19
Em comunicado, a Fundação explica que há mais de 50 anos, a Gulbenkian conseguiu, por exemplo, vacinar “três milhões de crianças contra a poliomielite”. Em 1956, o “resultado desse plano” levou a que Portugal se tornasse “num dos primeiros países a erradicar a poliomielite”, explica a instituição.
Hoje, no atual contexto de pandemia nas carrinhas e viaturas ligeiras que a Gulbenkian disponibilizou já foram administradas “mais de 75 mil vacinas” contra a Covid-19. Segundo o comunicado, “as viaturas – ligeiras e carrinhas – foram preparadas para uma imunização segura e eficaz e têm permitido levar a vacina às populações mais vulneráveis, limitadas na sua capacidade de deslocação e com menor acesso às Unidades de Saúde”.
Segundo os dados disponibilizados, “em quatro meses” foi “superado” o objetivo estabelecido. Nas viaturas já foram administradas 76.692, “superando o objetivo inicial de 50 mil para este período”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com o ministério da Saúde, 74% da popula(...)
As unidades móveis que vão continuar no terreno até setembro, já percorreram um total de 95 mil quilómetros, de norte a sul, de Portugal Continental.
O projeto começou com uma fase piloto na região Norte. Foi depois alargado ao Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Centro. Na região de Lisboa optou-se por exemplo, pela circulação de 15 viaturas ligeiras, pelo Alentejo andaram quatro carrinhas, outras três no Algarve e oito carrinhas no Centro do país.
Na altura do lançamento deste projeto móvel de vacinação, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serra Lopes referiu que “estas carrinhas são particularmente importantes para o acesso, por exemplo, a pessoas acamadas, em zonas de menor densidade populacional ou mais remotas do país".
Também então, Isabel Mota, a presidente do conselho de administração da Gulbenkian sublinhou que esta iniciativa incorporava um lema antigo da Fundação, o “estar onde é preciso”.
Segundo a responsável havia “nichos” aos quais não era fácil o acesso para a vacinação. “O nosso compromisso é estar ao pé dos mais vulneráveis", afirmou na altura Isabel Mota.