18 jul, 2021 - 16:46 • Lusa
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Mais de meio milhar de pessoas manifestaram-se este domingo em frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra as medidas de prevenção contra a pandemia de covid-19, nomeadamente o uso obrigatório de máscara e o certificado digital de vacinação.
“Não somos gado” e “no meu corpo ninguém me toca” foram alguns dos gritos de ordem dos manifestantes que participaram nesta ação de protesto, que teve início no Terreiro do Paço e foi organizada pelo movimento “Acorda Portugal”.
Munidos de cartazes e de bandeiras de Portugal, a maioria deles sem máscara e sem cumprir o distanciamento de segurança, manifestaram o seu desagrado pelas “medidas ditatoriais” das autoridades sanitárias.
“Esta história do certificado digital apenas tem como propósito estabelecer uma ditadura e nós opomo-nos a isso. Nós prezamos os direitos humanos. Nós somos humanos. Nós não somos gado”, afirmou à agência Lusa o organizador e porta-voz do movimento “Acorda Portugal”, Daniel Leal.
A ação de protesto juntou cerca de 600 pessoas, números avançados pela organização.
Manifestação decorreu em frente ao parlamento sem (...)
No Porto, algumas centenas de pessoas, quase todas sem máscara, manifestaram-se este domingo contra o certificado digital Covid-19 e outras medidas antipandémicas impostas pelo Governo, recusando balizas à liberdade de movimentos.
Mobilizados sobretudo nas redes sociais pelo movimento "Acorda Portugal", os manifestantes concentraram-se durante a tarde, na praça de Leões, junto à Reitoria universitária, descendo até à praça Almeida Garrett, frente à Câmara Municipal, num percurso de cerca de um quilómetro.
"Saímos à rua para defender a nossa liberdade, e contestar a medida do certificado digital Covid-19 assim como as medidas que constantemente têm vindo a atropelar a nossa Constituição", proclamou o movimento na convocatória dos protestos.
O "Acorda Portugal" diz-se um grupo de cidadãos "sem qualquer ligação a partidos políticos" e reclama ter juntado, em apenas dois dias, 10 mil pessoas num grupo de redes sociais".
No protesto do Porto, os manifestantes empunhavam cartazes com frases como "liberdade, sim; segregação e opressão, não" ou "livres - não voltar atrás".
Falando perante os manifestantes, Cátia Moura, do movimento "Acorda Portugal", afirmou que "o que o que está em causa é a liberdade", não concordando "com medidas completamente opressivas e absurdas".
"Não vão abafar a nossa Constituição", acrescentou.
E a plateia respondeu em coro: "Nunca!".