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Reguengos de Monsaraz. Câmara repudia desacatos e denuncia falta de efetivos da GNR

19 jul, 2021 - 20:04 • Rosário Silva Lusa

O município do distrito de Évora anunciou que vai solicitar uma audiência, com caráter de urgência, ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, com o objetivo de "garantir um reforço de efetivos e de meios" da GNR.

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A Câmara de Reguengos de Monsaraz "repudia veementemente os desacatos e a violência" ocorridos na última sexta-feira num bar e diz ser crucial que se “identifiquem os infratores e sejam abertos os respetivos inquéritos, para se fazer justiça”, lê-se no comunicado a que a Renascença teve acesso.

A autarquia manifesta “total e profunda solidariedade para com todos aqueles que sofreram danos, quer na sua integridade física, quer com a perda de bens”, aproveitando para dar conta do seu descontentamento pela diminuição de efetivos nos Postos Territoriais da GNR de Reguengos de Monsaraz e de Telheiro.

“Apesar da extrema gravidade dos factos, os mesmos foram pontuais e fizeram transparecer, sem margem para quaisquer dúvidas, a falta de efetivos do Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Reguengos de Monsaraz, bem como a falta de meios desta força de segurança”, relata.

Segundo o município alentejano, a diminuição do número de efetivos verifica-se “há mais de uma década”, sempre com “a firme e constante oposição da autarquia manifestada junto da tutela da Administração Central nos sucessivos Governos.”

“Em 2009”, recorda o comunicado, “encontravam-se ao serviço cerca de 40 militares no Posto Territorial de Reguengos de Monsaraz e 6 militares no Posto de Telheiro e, em 2019, encontravam-se afetos ao Posto de Reguengos de Monsaraz, 24 militares e ao Posto de Telheiro, 5 militares”, sem ter em conta folgas, férias e faltas.

Por consideraram que o número de efetivos “não correspondia às expetativas e às necessidades da população”, os órgãos municipais enviaram, em 2019, uma moção ao Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que “não obteve qualquer resposta.”

O histórico das diligências efetuadas nos últimos anos no concelho, compreende também a assinatura de um protocolo entre o município e o Ministério da Administração Interna, em 2013, para a cedência de edifícios: um para para a instalação do Posto da GNR de Telheiro e outro que permitisse a deslocação da sede do Destacamento Territorial de Reguengos de Monsaraz para um prédio a reabilitar, com melhores condições e equipamentos.

O protocolo foi homologado, mas “o Ministério da Administração Interna decidiu, de forma unilateral, não avançar com este investimento”, lembra o documento.

A necessidade de garantir a segurança de pessoas e bens, levam o município a solicitar, “uma vez mais”, uma audiência, “com caráter de urgência”, ao ministro Eduardo Cabrita.

O objetivo é o mesmo de há anos a esta parte: “garantir um reforço de efetivos e de meios nos Postos Territoriais da Guarda Nacional Republicana de Reguengos de Monsaraz e de Telheiro, bem como o de garantir a concretização do investimento previsto em instalações adequadas para estes militares da GNR.”

“Não obstante o concelho de Reguengos de Monsaraz ser um território com baixo índice de criminalidade e o episódio de violência ocorrido em 16 de julho ter sido pontual, é necessário garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a proteção dos munícipes e dos seus bens”, declara a autarquia do distrito de Évora.

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  • Cidadao
    19 jul, 2021 Lisboa 19:44
    O problema não é só a falta de meios humanos e materiais, é também os agressores desordeiros serem quem são : ciganos. Fossem branquelas e os guardas desatavam aos tiros para o ar e efetuavam prisões. Mas viram que eram ciganos e puseram-se a pensar: "prendo estes gajos, eles resistem, tenho de lhes arriar a sério, e amanhã vem logo o Mamadu Bá, o SOS Racismo, a Fernanda Câncio e mais a quadrilha do costume, gritar "Violência Policial". Náh. É melhor ficar mas é a assistir e só intervir caso as coisas se tornem mesmo sérias". E agora eu digo: com o que eles ganham, com o que têm contra eles, com as condições de trabalho e certos setores da Sociedade a fazer campanha contra as forças policiais e o ministro da tutela que não hesitaria em entregar as cabeças deles só para se safar, e uma atitude generalizada de "coitadinho do ladrão, malandro do roubado", alguém pode censurá-los por nada fazerem? E preparem-se que vamos assistir a muitos casos como estes

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