23 jul, 2021 - 12:51 • Olímpia Mairos
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admite ir mais longe no subsídio de risco para a PSP e GNR que está a ser negociado, apesar de considerar que a proposta atual de 100 euros é adequada.
Em declarações aos jornalistas na Madeira, Eduardo Cabrita lembrou que decorreu uma reunião esta semana e que está marcada uma outra para dia 28, mostrando-se confiante em continuar o “diálogo construtivo”.
“Neste momento, a proposta apresentada vale 48 milhões de euros anuais”, disse o ministro Eduardo Cabrita.
Apesar de considerar tratar-se de uma proposta adequada, o ministro da Administração Interna adiantou que estão “a ponderar ir além no quadro de disciplina e de rigor orçamental, mas, sobretudo, também do reconhecimento do papel fundamental que as forças de segurança têm na coesão social e de estabilidade do país”.
Os dirigentes dos sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR, no final da reunião que mantiveram na quarta-feira com o Governo, mostraram-se desiludidos sobre a atribuição do subsídio de risco, acusando o Ministério da Administração Interna (MAI) de estar a "iludir os polícias".
Juntos numa plataforma, 10 sindicatos da PSP e três associações socioprofissionais da GNR exigem um subsídio de risco no valor de 430,39 euros.
Já a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), que não pertencem a esta plataforma, mas que têm marcado presença nos protestos, defendem o pagamento faseado do subsídio de risco até 2024. Em janeiro de 2022, seria pago 200 euros, em 2023 aumentava para 300 euros, fixando-se em 2024 nos 430 euros.
O MAI propôs, em junho, um novo suplemento por serviço de risco nas forças de segurança, que substituirá o atual suplemento por serviço nas forças de segurança, no valor de 100 euros para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem tem funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 respetivamente, uma vez que o suplemento por serviço nas forças de segurança é atualmente de 31 euros.
O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo.