26 jul, 2021 - 15:19 • Redação
O Ministério Público (MP) de Gijón pediu esta segunda-feira a prisão preventiva de dois dos quatro portugueses suspeitos de violarem duas jovens em Espanha, avançada o jornal El Comercio na sua edição online.
Para os outros dois homens, a Fiscalía quer liberdade condicional com proibição de se aproximarem ou de contactarem as vítimas.
Já o advogado oficioso dos quatro portugueses suspeitos de violarem duas mulheres espanholas, de 22 e 23 anos, pediu, esta segunda-feira, a libertação dos seus clientes e mantém que a relação foi consensual.
Em declarações à comunicação social, o representante legal argumenta que "não há perícias médicas que indiciem violação" e que as duas alegadas vítimas "não têm lesões".
As duas jovens que acusaram quatro portugueses de violação "não estão a dizer a verdade", segundo o advogado dos portugueses.
A mesma fonte dá conta da existência de um vídeo, que considera ser "uma prova determinante da inocência dos quatro portugueses".
O advogado critica o que diz ser uma condenação em praça pública dos seus clientes e alega que os quatro portugueses estão a ser tratados como terroristas.
Os quatro suspeitos alegaram em tribunal, este domingo, que as relações sexuais com as vítimas foram consentidas e defenderam a sua inocência.
As duas mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, denunciaram a agressão sexual na esquadra policial às 06h30 de sábado, explicando que tinham conhecido um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde este estava hospedado, para um encontro sexual.
Segundo o relato das vítimas, no caminho para a pensão juntou-se um outro homem e, ao chegarem à sala, encontraram dois outros portugueses que as obrigaram a manter relações sexuais com todos eles.
Posteriormente, as jovens foram transferidas para o hospital de Gijon para serem submetidas a um exame médico.
Os quatro portugueses voltam ao tribunal esta segunda-feira, para que as duas queixosas façam a identificação dos suspeitos.
Várias organizações convocaram para segunda-feira à tarde uma manifestação de protesto e indignação, em frente à Câmara Municipal de Gijón.