29 jul, 2021 - 07:28 • Lusa
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O Conselho de Ministros reúne-se nesta quinta-feira para decidir os próximos passos no processo de abertura do país, dois dias depois de especialistas terem sugerido a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação contra a Covid-19.
Após a 22.ª sessão sobre a evolução da pandemia em Portugal (na quarta-feira, no Infarmed), o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Governo está a preparar os próximos passos no processo de abertura do país, procurando obter o máximo possível de informação científica sobre a evolução da pandemia de covid-19 antes de decidir.
“Preparamos os próximos passos procurando o máximo de informação possível para o processo de tomada de decisão”, escreveu na rede social Twitter.
Já a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou no final da reunião que “tem sido fundamental conseguir mais vacinas para prepararmos agora este próximo Conselho de Ministros com uma situação de alguma esperança relativamente a uma situação que ainda vivemos de pandemia, mas na qual podemos perspetivar a forma como o regresso às nossas vidas se torna cada vez mais próximo”.
Também o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou na quarta-feira que todas as restrições deverão ser revisitadas no Conselho de Ministros desta quinta, avançando que o Governo vai alargar o horário do funcionamento das atividades económicas.
“Eu julgo que amanhã [quinta-feira], no Conselho de Ministros, vamos ter a possibilidade de revisitar todas as medidas restritivas que temos neste momento em vigor e de alargar, digamos assim, aquilo que é a possibilidade do funcionamento das atividades económicas", referiu em Vila Pouca de Aguiar.
Na reunião no Infarmed, os peritos consultados pelo Governo sugeriram a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação e insistiram na importância do controlo de fronteiras e da ventilação dos espaços para evitar recuos no Outono/Inverno.
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Foi ainda revelado que a incidência de novos casos de Covid-19 em Portugal regista uma tendência “ligeiramente crescente a estável”, com a velocidade de aumento “a diminuir”, segundo adiantou o diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo a intervenção de André Peralta Santos, já se nota uma estabilização no número de novos casos, apesar de existir ainda uma “tendência crescente dos internamentos e mortalidade” por Covid-19.
Na reunião em que destacou que a variante Delta representa 98,6% dos casos em Portugal, a investigadora Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa, propôs a atualização do limiar de incidência na avaliação de risco da Covid-19 para 480 casos por 100 mil habitantes (atualmente é de 240 por 100 mil), assim como a definição de um limite de ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) de 255 camas.
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A questão da vacinação dos jovens abaixo dos 18 anos será abordada pelo Conselho de Ministros, segundo revelou a ministra da Saúde, igualmente após a reunião no Infarmed, considerando que a matéria está clarificada, apesar de ainda não ser conhecida a posição final da Direção-Geral da Saúde.
“No tema da vacinação na idade pediátrica está já clarificada a decisão de vacinação 18 aos 16 anos, e está já clarificada também a vacinação dos 12 aos 15 em casos de comorbilidades, que nos vão agora ser listadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)”, disse Marta Temido.