02 ago, 2021 - 09:50 • Redação com Lusa
Nos primeiros seis meses deste ano, nasceram 37.675 bebés, uma redução de 4.474 relativamente ao período homólogo, segundo dados do Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA).
Os dados mostram que o maior número de bebés rastreados aconteceu nos distritos de Lisboa e do Porto, com 11.208 e 7.008 respetivamente, seguidos de Braga (2.765). Por outro lado, Bragança (253), Portalegre (269) e Guarda (282) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
Os números são recolhidos no âmbito dos “testes do pezinho” realizados pelo Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.
O chamado “teste do pezinho” - rastreio de algumas doenças graves - é feito desde 1979.
O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do metabolismo, sendo o exame efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, para permitir diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida, e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico, e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento.