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Vacinação de crianças. Ex-ministro da Saúde defende “aplicação nacional e universal” das recomendações da DGS

02 ago, 2021 - 16:18 • Pedro Mesquita com redação

Adalberto Campos Fernandes afirma que teria preferido que as conversas entre DGS e Marcelo "tivessem acontecido de forma mais reservada, para que o esclarecimento fosse unívoco e simples, e gerasse confiança".

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Adalberto Campos Fernandes defende uma “aplicação nacional, universal e geral” das recomendações da Direção-Geral da Saúde.

Em causa estão as posições contraditórias da DGS e do Presidente da República, relativamente à vacinação de crianças saudáveis com idades entre os 12 e os 15 anos.

Para o ex-ministro da Saúde, “é preciso haver um entendimento e um consenso, porque esta é uma questão muito sensível, que envolve crianças e a confiança dos pais e, portanto, não pode existir a menor sombra de dúvida sobre aquilo que cada uma das partes diz”.

“Das duas uma: ou a DGS emitiu uma recomendação em consciência e em rigor com base científica ou falta um parágrafo nessa recomendação, que é aquele que o Presidente da República referiu”, adiantou o ex-ministro, em entrevista à Renascença.

Também Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública que integra o chamado grupo das linhas vermelhas no combate à pandemia, defende que a “confusão” gerada pela o vai-e-vem entre Marcelo Rebelo de Sousa e Graça Freitas deveria ter sido evitada.

“Mais uma vez estabeleceu-se uma confusão e uma complexidade que seriam escusadas. Para além do mais, numa matéria tão sensível como é a vacinação de crianças, o maior incentivo que pode ser dado é a simplicidade e a clareza”, afirmou, em entrevista à Renascença.

Para o especialista, as diferentes recomendações no continente e na região autónoma da Madeira vão “deixar os encarregados de educação confusos face a estas circunstâncias''.

“Enquanto pai e enquanto cidadão teria preferido que estas conversas tivessem acontecido de forma mais reservada, para que o esclarecimento fosse unívoco e simples, que gerasse confiança”, defendeu Adalberto Campos Fernandes.

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  • José J C Cruz Pinto
    03 ago, 2021 ILHAVO 01:37
    É o resultado de todos quererem falar - fala quem deve (ainda que tarde) e, logo depois, fala quem não deve, normalmente fazendo até apelo à "clareza na comunicação" , ... e é a confusão geral! [... Nem a propósito do Museu da Língua Portuguesa, ... quando nos fazemos intérpretes do que os outros dizem, custa às vezes a acreditar que falamos todos a mesma língua!...]
  • Ivo Pestana
    02 ago, 2021 Madeira 21:05
    Prefiro as da oms, apesar de tudo. A dgs anda stressada.

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