03 ago, 2021 - 15:48 • Pedro Mesquita , Joana Gonçalves
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O diretor regional de Saúde da Madeira, Herberto Jesus, não consegue perceber porque é que a Direção-Geral da Saúde, não seguiu no continente o mesmo caminho do arquipélago, que já está a vacinar a faixa etária dos 12 aos 15 anos.
Em entrevista à Renascença, Herberto Jesus, insiste que foi o passo certo e explica o que esteve na origem da decisão.
“Primeiro, a EMA aprovou a vacina da Pfizer acima dos 12 anos. Segundo, começamos a perceber que na região o número de infetados abaixo dos 12 anos é crescente. Terceiro, começamos também a notar que havia uma faixa da população que nos estava a preocupar por não aderir tanto à vacina: a faixa dos 30 anos para baixo”, começa por esclarecer.
“Quarto, as crianças são um potencial reservatório do vírus. Quinto, há uma entidade que ainda não entendemos bem que é o Long Covid. Perante esta evidência torna-se claro que, de forma a obtermos imunidade e não criarmos reservatórios nas crianças, o passo certo era começar a vacinar”, adianta o diretor Regional de Saúde da Madeira.
Para Herberto Jesus, “os vírus adoram países com muitos peritos, porque demoram muito tempo a decidir”.
No passado domingo, a DGS reafirmou a necessidade de “indicação médica” para a vacinação de crianças entre os 12 e os 15 anos.
“Tratando-se de menores, a vacinação é discutida com os pais ou representantes/tutores legais”, acrescenta a resposta enviada à Renascença, em que são recordadas as principais linhas da comunicação de Graça Freitas.