04 ago, 2021 - 11:59 • Paula Caeiro Varela , Cristina Nascimento
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O bastonário da Ordem dos Médicos conclui que, afinal, a vacinação dos jovens entre os 12 e os 15 anos não é para quem quiser.
“Já não é qualquer adolescente que pode ser vacinado. Na prática, um jovem saudável, nesta decisão da Direção-Geral da Saúde, não pode ser vacinado por agora”, é esta a interpretação de Miguel Guimarães depois de ler norma da DGS sobre as doenças prioritárias para a vacinação Covid desta faixa etária.
O documento aponta o cancro ativo, diabetes, obesidade e insuficiência renal crónica como algumas das doenças que justificam a vacinação prioritária, mas pode haver outras, adianta o bastonário.
“O médico pode referenciar um adolescente que tenha uma morbilidade diferente daquelas que estão assinaladas, desde que fundamente a sua posição e dá como exemplos algumas de outras morbilidades que não são tão frequentes nos adolescentes que existiam nos adultos e também foram considerados na altura prioritários para os adultos”, explica.
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Nestas declarações à Renascença, Miguel Guimarães diz acreditar, contudo, que o critério vai acabar ser alargado mais tarde a todos os adolescentes, permitindo a vacinação universal.
Segundo a “task force”, a vacinação dos jovens dos 14 e 15 anos está prevista para o fim de semana de 21 e 22 de agosto; e a dos 12 aos 13 anos para o último fim de semana do mês, dias 28 e 29. Quanto aos menores de 16 e 17 anos já podem autoagendar a sua vacina.
Na sexta-feira passada, a diretora-Geral da Saúde anunciava a decisão das autoridades de saúde sobre este assunto, assegurando que ascrianças entre os 12 e os 15 anos, nesta altura, seriam vacinados por indicação médica, mas no fim de semana o Presidente da República dava a entender que todas as crianças poderiam ser vacinadas, caso os pais assim o entendessem.
A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.397 pessoas e foram registados 974.203 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
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