07 ago, 2021 - 12:04 • Lusa
Mil utentes de lares de idosos estão por vacinar, a "esmagadora maioria dos quais" por terem estado infetados com Covid-19, pelo que aguardam o final dos 90 dias definidos para poderem tomar a vacina, informou este sábado o Governo.
"No âmbito da vacinação de utentes e profissionais de lares, foram já vacinados 99% dos idosos nos lares e 97% dos funcionários, um esforço que continuará até se garantir a cobertura integral de vacinação nesta população", assinala o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em comunicado.
De acordo com dados da task force da vacinação, citados pelo ministério, faltam ainda vacinar cerca de 2.100 funcionários de lares, cerca de 70% dos quais por se encontrarem a recuperar de infeção por Covid-19.
"Os restantes não tomaram ainda a vacina por serem novas contratações ou por terem razões de saúde que desaconselham a vacina", explica.
Objetivo do estudo é "aumentar o conhecimento cien(...)
A 5 de agosto autoridades de saúde contabilizavam 53 surtos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2 em lares de idosos, com um surto em Proença-a-Nova a suscitar maior atenção por parte da União das Misericórdias Portuguesas.
De acordo com números disponibilizados então à agência Lusa pela Direção-Geral da Saúde, os 53 surtos ativos, em números atualizados na segunda-feira, envolviam 829 casos de infeção diagnosticados.
Por administração regional de saúde, era em Lisboa e Vale do Tejo que se contavam mais surtos (25) e pessoas infetadas (270). No Norte havia 10 surtos e 247 pessoas infetadas, no Alentejo oito surtos e 68 infeções, no Centro seis surtos e 138 infetados e no Algarve quatro surtos e 106 pessoas infetadas.
Na sexta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse que ainda não está em cima da mesa a administração a idosos de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19, considerando que "é preciso robustez científica e dados consolidados".
No mesmo dia, o bastonário da Ordem dos Médicos alertou para a necessidade de uma atenção especial aos lares, insistindo na testagem regular para travar o avanço de surtos e apontando a subida da taxa de letalidade nos mais idosos.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.440 pessoas e foram registados 982.364 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.