09 ago, 2021 - 15:22 • Cristina Branco, com Lusa
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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta segunda-feira que serão feitos testes de diagnóstico Covid-19 aos professores, para que o próximo ano letivo possa iniciar-se em segurança.
Em declarações aos jornalistas no final da sessão comemorativa do Dia do Município de Gouveia, António Lacerda Sales referiu que o objetivo do Governo é "continuar a testar, não só em lares, mas em muitos segmentos da atividade económica e não só".
"Queremos também testar professores nas escolas, porque é muito importante para que se dê início ao ano letivo o mais normal possível e com a maior segurança possível", frisou.
O secretário de Estado disse, no entanto, ainda não poder apontar datas e outros pormenores.
"Esse tem sido um movimento e um esforço que temos feito sempre em conjunto com o setor da educação. Tem sido a educação que tem liderado esse movimento, e muito bem", acrescentou.
Na sua opinião, "a testagem é uma arma enorme, uma boa ferramenta" para, no âmbito da pandemia da covid-19, "normalizar, o mais depressa possível", as vidas das pessoas e para que haja "uma recuperação económica o mais rápida possível".
Covid-19
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"Obviamente que vamos continuar a testar e quanto mais testarmos melhor, porque mais depressa fazemos o diagnóstico e mais depressa podemos atuar em conformidade", sublinhou.
No sábado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que o Governo vai promover a realização de um estudo serológico a cinco mil funcionários e utentes de lares de idosos, para aumentar o conhecimento científico sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população.
O objetivo, explicou o ministério, é aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina na população idosa, analisando a imunidade nos idosos mais vulneráveis que já foram vacinados, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura.
Os diretores de escolas aplaudem a intenção do Governo de avançar com a testagem de professores para iniciar o novo ano letivo em segurança. Alertam, no entanto, ser necessário que os testes comecem na primeira semana de setembro.
Em declarações à Renascença, o vice-presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), David Sousa, sublinha que é preciso garantir um início de ano letivo tranquilo.
“O ano letivo começa entre 14 e 17 de setembro. Eu presumo que na segunda semana de setembro seria a altura ideal, mas aqui há sempre a uma questão técnica a ter em linha de conta.”
Sobre uma terceira toma da vacina para professores e funcionários, o responsável compreende que seja necessária evidência científica que o justifique.
No caso dos jovens entre os 12 e os 15 anos, David Sousa considera que, com base no que já acontece na Madeira, Alemanha e Estados Unidos, deveria ser possível vaciná-los o quanto antes, até para tentar garantir que o ano letivo decorre, na totalidade, em regime presencial.
“O nosso desejo é que as crianças e jovens a partir dos 12 anos sejam vacinados, porque isso vai ajudar a haver uma maior proteção de todos. Um objetivo crucial é que o próximo ano letivo decorra sempre em regime presencial”.
“As consequências para as aprendizagens das crianças e jovens com os confinamentos foi absolutamente arrasador. O que tem sido invocado é que não há estudos suficientes. Agora, o que temos visto é que, no caso português, 700 e tal alunos da Madeira foram vacinados, aparentemente correu tudo bem. Na Alemanha já aconteceu isso e nos Estados Unidos também já houve vacinações destas idades, sem notícia de problemas. Agora, tem que haver uma decisão das autoridades de saúde e, aí, ninguém as poderá substituir”.
E se os professores e funcionários recusaram ser vacinados? O dirigente dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas garante que não haverá “atitudes discricionárias”. Apenas estão obrigados ao cumprimento rigoroso das normas da Direção-Geral da Saúde (DGS), em matéria de distanciamento e uso de máscara.
“É muito residual o número professores ou de funcionários que não quiseram ser vacinados” contra a Covid-19, sublinha David Sousa, vice-presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
[notícia atualizada]