11 ago, 2021 - 10:44 • Pedro Mesquita
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Se não houver necessidade de adaptações, a vacinação dos jovens avançará no fim de semana de 21 e 22 de agosto, com a faixa etária entre os 14 e os 15 anos, indica à Renascença o vice-almirante Gouveia e Melo. Entretanto, a "task force" anunciou que o autoagendamento para os jovens entre os 12 e os 15 anos de idade arranca na quinta-feira, 12 de agosto, e a vacinação começa a 21 de agosto.
Antes deste anúncio, o coordenador da “task force” da vacinação contra a Covid-19 referiu que a ideia é começar a vacinar os adolescentes dos 14 aos 15 anos e, no fim de semana seguinte (nos dias 28 e 29), as crianças de 12 e 13 anos.
É este o plano que Gouveia e Melo desenhou para a última reunião no Infarmed. Contudo, não está completamente fechado, podendo haver necessidade de fazer adaptações, ressalva.
Explicador Covid-19
A decisão não reúne consenso e parece decorrer de (...)
A vacinação da faixa etária entre os 12 e os 15 anos contra a Covid-19 foi recomendada na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, dez dias depois de ter restringido a vacina a jovens com comorbilidades.
Desde o dia 1 de agosto, muitas foram as vozes políticas que se levantaram a defender a universalização da vacinação naquela faixa etária, com a opinião a dividir-se entre os especialistas.
Quem já veio aplaudir a recomendação de vacinar os jovens entre os 12 e os 15 anos foi o ministro da Educação, que deseja que a vacinação seja operacionalizada “o mais rapidamente possível” e que a adesão seja "total".
O primeiro-ministro veio entretanto dizer que as crianças serão vacinadas antes do início do ano letivo, ainda que, na conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde tenha dito que não haveria problema se não acontecesse antes do início do ano letivo – tal não terá um impacto significativo na evolução a doença, justificou.
Isto, no dia em que se sabe que, segundo o diretor do centro de vacinas da Universidade de Oxford, onde foi desenvolvida a vacina da AstraZeneca, a imunidade de grupo “não será possível atingir” com a vacinação, uma vez que as pessoas vacinadas continuam a ser infetadas com a variante Delta.
Por isso, na opinião de Andrew Pollard, os programas de vacinação não devem ser concebidos “em torno da imunidade de grupo”.
Covid-19
Andrew Pollard disse ao Parlamento britânico que o(...)
Portugal tem, nesta altura, 62% da população portuguesa vacinada com as duas doses (6.403.987), existindo 71% com pelo menos uma dose administrada. A quase totalidade (99%) das pessoas acima dos 65 anos já tomou pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
[notícia atualizada - com o anúncio oficial das datas por parte da task force]