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Exportação de vinho no Alentejo cresce 20% no primeiro semestre

18 ago, 2021 - 18:01 • Rosário Silva

Segundo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, os valores de exportação no primeiro semestre de 2021, “superam os resultados atingidos pela região no período pré-pandémico”, com destaque positivo para os mercados do Brasil, Suíça, Estados Unidos da América e Reino Unido.

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A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) revelou, esta quarta-feira, que as exportações de vinho alentejano cresceram 20%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“No primeiro semestre do ano, as exportações de vinho alentejano cresceram 20% em valor, com 32 milhões de euros de receita gerada”, lê-se na nota enviada à Renascença.

Ainda de acordo com o INE, este crescimento representa "cerca de 12 milhões de garrafas comercializadas para o mercado externo, o que se traduz em mais de 9 milhões de litros exportados", ou seja, "mais 14%", comparativamente com o período homólogo de 2020.

Igualmente, o preço médio por litro de vinho "acompanhou a tendência de subida", com um "aumento de 5%, para 3,48 euros por litro."

Recorde-se que, em 2020, no primeiro semestre, o Alentejo exportou 8,1 milhões de litros, que corresponderam a 27 milhões de euros, para os mercados estrangeiros, a um preço médio por litro de 3,32 euros.

"Este crescimento, na primeira metade do ano, é um sinal muito positivo dos valores que podemos vir a obter este ano, uma vez que, habitualmente, os segundos semestres são mais fortes na exportação", refere Francisco Mateus. O presidente da CVRA diz-se "confiante" quanto ao ano em curso, e acredita que "possa revelar-se o ano com melhores resultados desde que há registo."

Segundo a CVRA, os valores de exportação no primeiro semestre de 2021, "superam os resultados atingidos pela região no período pré-pandémico", com destaque positivo para os mercados "brasileiro (+34% em valor e +27% em litros, suíço (+16% em valor e +8% em litros), norte-americano (+7% em valor e -2% em litros) e do Reino Unido (+123% em valor e +85% em litros)."

Entre janeiro e junho, também os mercados asiáticos registaram um crescimento significativo, com a China e encerrar o semestre em níveis de pré-pandemia e um aumento de compras de vinho da região comparativamente com o ano anterior.

"O mercado da China registou um aumento de 15% em valor e 13% em litros”, enquanto que Macau “superou todos os resultados alcançados nos últimos dois anos, com mais 227% em valor e mais 192% em litros."

Na análise de Francisco Mateus, o facto de o "valor do vinho exportado ter subido mais do que a quantidade", teve como consequência "a valorização do preço médio."

Assim, "no top 10 dos 89 mercados para onde se exportou", todos registaram "uma subida no preço médio", o que, na ótica do presidente da CVRA, "demonstra a qualidade dos vinhos alentejanos", reconhecida por importadores e consumidores, "dispostos a pagar mais pelos vinhos da região."

Em termos de preços, até ao mês de junho, o vinho de Denominação de Origem Protegida (DOC) Alentejo foi vendido a 3,06 euros por litro, "contrastando com as médias nacionais", e registando, face ao mesmo período do ano passado, uma "valorização de 6,4% no preço médio por litro de DOC Alentejo e de 2,3% no Regional Alentejano", segundo a CVRA.

Apesar da pandemia já durar há ano e meio, o que torna "mais difícil acompanhar localmente os mercados e o trabalho dos importadores e retalho", Francisco Mateus considera que os "produtores alentejanos estão a conseguir trabalhar muito bem os mercados internacionais."

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