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"Incêndio irruptivo" em Odemira ainda tem uma frente ativa, mas não ameaça casas

19 ago, 2021 - 12:10 • Ricardo Vieira

Chamas deflagraram na quarta-feira e provocaram um ferido grave. No terreno estão 694 operacionais, apoiados por 233 veículos e dez meios aéreos.

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O combate ao incêndio que deflagrou ao início da tarde de ontem em Odemira está a evoluir favoravelmente, mas pelas 12h00 desta quinta-feira o fogo ainda "não estava dominado na sua totalidade". Esta é uma das conclusões da conferência de imprensa com as autoridades.

Neste momento, ainda há uma frente ativa, mas não há casas ameaçadas, disse o comandante de operações de socorro, Carlos Pica.

No terreno estão 694 operacionais, apoiados por 233 veículos e dez meios aéreos.

O vento fraco vai aumentar de intensidade ao início da tarde, mas não deve afetar significativamente as operações, sublinha o comandante Carlos Pica.

Atenções centradas no setor Bravo

As autoridades dividiram em cinco setores este incêndio, que deflagrou pelas 13h00 de quarta-feira.

O que ao início da tarde de hoje preocupa mais os bombeiros é o setor Bravo, que "ativo, mas contido a um determinado espaço em linhas de água onde os meios estão a operar e os meios terrestres estão em aproximação", explica o comandante Carlos Pica.

Nesse mesmo setor, há uma área que requer uma abordagem mais cuidada devido a uma linha de média e alta tensão.

Em relação aos restantes quatro setores do incêndio, o Alpha está em vigilância, o Delta ativo só a 15% e a restante área dominada, o setor Eco "ainda ativo mas a ceder aos meios e o Charlie "já está dominado".

"Durante a madrugada houve um trabalho muito intenso dos operacionais, ajudados pelas máquinas de rasto, com acessos difíceis em alguns setores. Fomos conseguindo conter aquelas frentes. Tivemos favoravelmente uma percentagem de humidade na ordem dos 80%", indica o comandante Carlos Pica.

Um ferido grave e 17 pessoas retiradas

Neste briefing da Proteção Civil foi confirmado que há um ferido grave, com queimaduras de primeiro e segundo grau numa área de 40% do corpo; uma pessoa assistida e três feridos leves.

As 17 pessoas que foram retiradas por precaução já regressaram às suas casas. Não são de esperar novas evacuações nas próximas horas porque o incêndio está ativo em zonas sem habitações.

Até ao momento, não há relato de casas atingidas pelas chamas, apenas dois anexos, indicou o presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro.

Há registo de danos "em muitas colmeias e no medronhal", refere o autarca, que fala em "grandes prejuízos". O levantamento está a ser feito pela junta de freguesia de Sabóia.

O comandante de operações de socorro disse, ainda, que este fogo de Odemira deflagrou com violência, numa área de eucalipto, mato, sobreiros e algum terreno agrícola.

"O incendio tomou grandes proporções rapidamente, considerando as condições meteorológicas na altura e o relevo. Com violência extrema. Foi um incêndio irruptivo", sublinha Carlos Pica.


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