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"Task force". Imunidade de grupo só em setembro com 85% de vacinados

20 ago, 2021 - 06:33 • Redação

Os resultados do plano de vacinação e um possível avanço no desconfinamento são os temas em cima da mesa na reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

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O coordenador da “task force” para a vacinação disse ser necessário atingir os 85% de população vacinada, o que deverá acontecer em setembro, para que se possa alcançar a imunidade de grupo.

“A previsão é atingirmos os 85% entre a terceira semana e a quarta semana de setembro. O ritmo depende de muitas coisas”, disse o vice-almirante Gouveia e Melo em entrevista à Sic Notícias, acrescentando que é preciso que a “população colabore”.

Nestas declarações, o responsável explicou que os novos cálculos introduzidos pelas novas variantes da Covid-19 ampliaram a meta onde se alcança a imunidade de grupo. Além disso, reconheceu que as férias estão a levar a atrasos na vacinação, em particular junto dos mais jovens.

Em relação ao trabalho da “task force” após atingida a meta de 85% da população vacinada, o vice-almirante disse: “Não sou eu que determino o que faço ou deixo de fazer. É o poder político e as formas armadas”.

“Gosto de ser focado e não gosto de me preocupar demasiado com o futuro”, acrescentou.

Quanto aos insultos de foi alvo durante a visita a um centro de vacinação, no fim de semana passado, Gouveia e Melo lembrou que as pessoas têm direito a manifestar-se. “Não têm é direito a manifestar-se de forma agressiva, insultuosa, a tentar impedir o acesso ao centro de vacinação. Isso é coação, não é democracia. Ninguém é obrigado a vacinar-se. O processo é livre".

O Governo reúne-se esta sexta-feira em Conselho de Ministros extraordinário, que se realizará de forma eletrónica, para decidir alívio das restrições.

Marta Temido anunciou em entrevista à SIC, na quinta-feira, que o país alcançou a meta de 70% da população vacinada, que estava associada à passagem para a segunda das três fases de desconfinamento do plano do governo para a gestão da pandemia.

O prazo previsto pelo Governo para ser atingido o patamar dos 70% de cidadãos vacinados era 5 de setembro e o primeiro-ministro, António Costa, avançou em 29 de julho com a possibilidade de antecipar o levantamento de medidas restritivas caso a vacinação conseguisse alcançar mais depressa as metas previstas.

Em causa está o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos ao ar livre, o recurso aos serviços públicos sem necessidade de marcação prévia, o aumento de lotação no setor da restauração para oito pessoas por grupo no interior e 15 por grupo em esplanadas, bem como em espetáculos culturais e casamentos ou batizados, que passam a poder ter até 75% da ocupação dos espaços. Porém, a governante fez uma distinção entre as medidas.

Em Portugal, desde o início da pandemia de Covid-19 em março de 2020, morreram 17.613 pessoas e foram registados 1.012.125 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

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