22 ago, 2021 - 12:25 • Hélio Carvalho
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O Presidente da República elogiou todos os envolvidos no processo de vacinação deste fim-de-semana, desde os profissionais e às estruturas, aos próximos utentes, pela grande adesão para tomar a vacina antes do início do ano letivo.
Ladeado pelo vice-almirante Gouveia e Melo à porta do centro de vacinação de Alcabideche, Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu o sacrifício dos jovens em vacinar-se nas férias de verão e deixou palavras elogiosas para os profissionais e, especialmente, para o coordenador da task force e para a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
"Queria felicitar o senhor vice-almirante por aquilo que tem sido um grande sucesso no processo de vacinação. Queria também felicitar toda a estrutura de saúde, desde a senhora ministra à senhora diretora-geral, mas também às estruturas envolvidas, aos responsáveis dos centros de vacinação e aos profissionais, que tiveram a sua vida alterada no verão em termos de férias, em termos de disponibilidade, e que se mobilizaram em massa para este esforço coletivo, num país onde não há vacinação obrigatória", disse Marcelo.
Apelidando primeiro Gouveia e Melo como um "líder nato", os maiores elogios foram dirigidos a Graça Freitas, com quem admitiu ter tido divergências.
"Trocamos pontos de vista aparentemente diversos. Ela tem um grande mérito, que é dar a cara. Eu aprecio as pessoas que dão a cara. Eu próprio tive de dar a cara nos estados de emergência, ela dá todos os dias a cara e uma pessoa que dá todos os dias a cara, durante uma pandemia de mais de um ano e meio, merece o nosso agradecimento e gratidão", vincou o Presidente.
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Este fim-de-semana, foram vacinadas 128 mil pessoas no sábado e já foram aos centros de vacinação 20 mil pessoas até às 10h30 deste domingo.
Marcelo salientou que, apesar da grande adesão, o país não impôs a vacinação a ninguém. "Nem se discute isso. Respeita-se o direito das pessoas. O que há é um apelo cívico, como disse o vice-almirante, para que as pessoas percebam a importância", disse.
O Presidente comparou ainda Portugal com "países que são considerados democracias estabilizadas, como por exemplo a Nova Zelândia ou Austrália, que estão confinadas até ao final de setembro", para reafirmar a importância do apelo à vacinação.
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"O que é facto é que já ultrapassamos 70% da vacinação, o que quer dizer que a maioria esmagadora dos portugueses disse que 'sim', livremente. E mesmo nesta faixa etária mais sensível, no fim das férias de verão para muitos, é um sacrifício, mas sempre entendi que era um sacrifício que fazia sentido se pensarmos no arranque do ano letivo", afirmou.
Aproveitando para contar uma história de um familiar que se recusou a vacinar, inicialmente, e acabou por contrair a doença, Marcelo avisou que a vacinação antes do ano letivo começar é livre, mas quem não o fizer corre sempre riscos.
"Os jovens e os pais que querem mais prevenir que remediar, têm que torcer a sua vida, sacrificar as férias, acelerar este processo, e então têm dupla vacinação; se hesitam, esperam, avançam apenas com uma toma ou ficam à espera para ver o que acontece com o vizinho, então no começo das aulas aí estão sujeitos naturalmente a ficarem um mês com Covid-19", sensibilizou o chefe de Estado.