24 ago, 2021 - 16:16 • Redação
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As vacinas para a Covid-19 administradas no Queimódromo do Porto não perderam eficácia, apesar de um problema na cadeia de frio, e os utentes com duas doses já podem pedir o certificado digital.
A notícia foi confirmada à Renascença por fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
Apesar desta garantia, continua a decorrer um inquérito às falhas verificadas naquele centro de vacinação.
Em causa estão utentes que foram vacinados contra a Covid-19 no Queimódromo do Porto nos dias 9 e 10 de agosto.
Os utentes com duas doses já podem pedir o certificado digital e os restantes vão receber uma mensagem SMS com a data para a segunda dose, adianta o jornal "Público".
A vacinação no Queimódromo do Porto está suspensa desde 12 de agosto, após terem sido detetadas falhas na cadeia de frio de cerca de mil vacinas.
O coordenador nacional da "task force" do Plano de Vacinação contra a Covid-19 disse, esta terça-feira, que a reabertura daquele centro “pode já não ser útil”, independentemente do resultado da investigação aí em curso.
“Temos que ter a certeza de que, ao reabrir, as operações vão correr bem e, também, que aquilo tem utilidade, porque, nesta fase, começamos a estar no fim [da vacinação massiva] e podemos chegar à conclusão de que abrir uma estrutura daquelas no fim do processo pode já não ser útil”, declarou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, hoje em ao centro de vacinação de São João da Madeira.
Quanto ao motivo concreto que levou a esse problema térmico, o vice-almirante disse estar ainda a aguardar as conclusões da investigação em curso.
“Estes inquéritos obrigam a algum detalhe. Não pode ser ‘vou lá, faço três perguntas e no dia seguinte tomo uma decisão’. Teve-se que verificar procedimentos, que verificar se esses procedimentos eram suficientemente robustos e, se não o eram, o que fazer para que se tornassem mais robustos. É também um processo de reaprendizagem”, justificou.
Concluindo que “a abertura ou não do Queimódromo está um bocado dependente disso”, Gouveia e Melo garantiu assim que “não há nenhum entrave psicológico” a uma eventual retoma da atividade clínica nesse espaço do Porto.