25 ago, 2021 - 10:46 • Redação
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O coordenador nacional da “task-force” do Plano de Vacinação contra a Covid-19 revelou nesta quarta-feira que 81,6% da população portuguesa está vacinada com a primeira dose.
“Outros países mais ricos e com mais capacidade não o conseguiram fazer porque a população tinha movimentos fortes de negacionismo que não deixaram avançar [o processo de vacinação]”, afirmou o vice-almirante na Guarda, onde vai receber uma medalha de excelência.
“Somos um povo extraordinário, esclarecido. Estou convencido de que vamos encurralar o vírus da única forma que há, que é tirar-lhe toda a capacidade de manobra”, acrescentou.
Segundo Gouveia e Melo, no final da semana o país chegará aos 83/84% e na próxima atingirá 85 ou 86% de cobertura vacinal. “E o processo, em termos de primeiras doses, está completo; depois é o processo de segundas. Foram os portugueses que conseguiram isto”.
Nestas declarações transmitidas pela RTP, o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 aproveitou para deixar uma palavra de agradecimento e de reconhecimento a todos os envolvidos no processo de vacinação. “Muitas vezes sou elogiado e acho que são elogios a mais porque, na verdade, foi o sistema. Eu fui o reagente que ajudou o sistema.”
Voltou ainda a sublinhar que o nível de vacinação foi conseguido graças a todos: “os portugueses enquanto povo, o Ministério da Saúde, os profissionais de saúde, os auxiliares, a proteção civil, os autarcas. Vocês foram fantásticos.”
Relativamente ao caso do Queimódromo no Porto – onde o processo de vacinação foi suspenso após serem detetadas “falhas na cadeia de frio” – o vice-almirante não revelou se o local irá reabrir, uma vez que está a aguardar pelos resultados da investigação. “Preciso de resultados concretos e não impressões”, justificou.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.658 pessoas e foram contabilizados 1.022.807 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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