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Trabalhadores de cantinas do Politécnico do Porto protestam por 5 salários em atraso

26 ago, 2021 - 18:30 • Lusa

Os trabalhadores em protesto pertenciam à empresa que venceu o concurso de concessão das cantinas e bares dos diferentes estabelecimentos do IPP. Eentretanto, rescindiu o contrato e transferiu os funcionários para a alçada do Politécnico do Porto.

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Cerca de 20 trabalhadores das cantinas e bares do Instituto Politécnico do Porto (IPP) protestaram esta quinta-feira à frente da Segurança Social (SS) do Porto pedindo ajuda pelos cinco meses de salários em atraso e pela regularização das condições laborais.

"Trabalhadores das cantinas e bares do Politécnico do Porto em luta pelos pagamentos dos salários e pelos postos de trabalho”, “Exigimos respeito pelos direitos” e “Segurança Social escuta, os trabalhadores estão em luta” eram as frases que se podiam ler nas faixas e cartazes que os trabalhadores seguravam esta manhã na mão durante a concentração de protesto à frente do Centro Distrital da Segurança Social do Porto.

Os trabalhadores em protesto pertenciam à empresa Statusvoga Lda, que venceu o concurso de concessão das cantinas e bares dos diferentes estabelecimentos do IPP, mas que, entretanto ,rescindiu o contrato e transferiu os funcionários para a alçada do IPP.

Em declarações à Lusa, Sandra Sousa, 45 anos, trabalhadora há 20 anos na antiga empresa concessionária das cantinas e bares do Politécnico do Porto, conta que há “entre 30 a 40 trabalhadores” com salários em atraso de cinco meses e que a “Segurança Social não lhes dá nada”, explicando aos funcionários que o processo está “indeferido”.

“Estamos aqui a resolver a mesma situação de sempre. De cinco meses para trás sem receber salários. Tivemos reuniões com a Segurança Social (SS), que diz que vai ajudar e não ajuda nada. (...). Não temos ninguém que nos diga o que vamos ter ao certo da parte da SS”, conta Sandra Sousa.

Segundo Sandra Sousa, não há ninguém que explique o que é que os trabalhadores vão ter ao certo da parte da Segurança Social.

“Sobrevivemos só com a ajuda de familiares para as coisas mais elementares”, refere a trabalhadora.

Segundo Nuno Coelho, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, os trabalhadores estão com cinco meses de salário em atraso, porque a Statusvoga no dia 01 de abril comunicou que os contratos de trabalho daqueles funcionários passariam para IPP, que era onde eles prestavam o serviço.

“A Statusvoga rescindiu os contratos que tinha com o Politécnico [do Porto] e os contratos reverteriam para IPP”, mas o Politécnico “até ao momento não os assumiu e os trabalhadores suspenderam os contratos de trabalho para ver se conseguiam apoio [da SS] durante este período. A SS tem vindo a indeferir esses pedidos, mas o Governo tem dado apoio aos patrões e aos sócios-gerentes”, lamenta o sindicalista.

O mais “caricato”, acrescenta o dirigente sindical, é que a SS sabe que os contratos foram “revertidos”, a “própria Statusvoga já comunicou à SS que não cessou os contratos com os trabalhadores e que transmitiu os contratos de trabalho, mas a SS continua com esta posição de indeferimento de despedidos”.

Hoje foi o segundo protesto dos trabalhadores das cantinas e bares do IPP à frente da SS do Porto.

A Agência Lusa contactou hoje o Centro Distrital da Segurança Social do Porto para obter algum esclarecimento sobre o casos dos trabalhadores das cantinas e bares do Politécnico do Porto e como resposta, por escrito, dos serviços foi dito que iriam enviar o “e-mail para a área competente para tratamento”.

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