Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Covid-19

Madeira ainda não prevê vacinar menores de 12 anos

31 ago, 2021 - 19:35 • Lusa

A Madeira avançou para a vacinação de menores de 16 anos antes do resto do país, mas Miguel Albuquerque não prevê tomar a dianteira com os menores de 12.

A+ / A-

Veja também:


O presidente do Governo da Madeira excluiu esta terça-feira a possibilidade de a região avançar com a administração da vacina contra a Covid-19 em menores de 12 anos devido à falta de estudos científicos sobre a segurança desta inoculação.

"Neste momento não há ainda estudos científicos, não há nenhum precedente sobre esta matéria", declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da visita às obras de recuperação da estrada regional 219, no troço que liga o Pico das Pedras às Achadas da Cruz, no concelho de Santana.

O chefe do executivo madeirense (PSD/CDS) salientou que, embora o Governo da Madeira tenha sido pioneiro na aplicação de algumas medidas, como a vacinação de adolescentes a partir dos 12 anos, neste caso da inoculação de crianças, é preciso "não confundir as coisas".

"O que estamos empenhados é em concretizar os 85% de vacinados no fim de setembro na Madeira e preparar um "stock" para vacinar os grupos de risco com a terceira vacina após os seis meses", reforçou.

As autoridades de saúde da Madeira diagnosticaram na segunda-feira 17 novos casos de Covid-19 e mais 45 recuperados, registando 242 situações ativas e quatro hospitalizados, segundo os últimos dados divulgados pela Direção Regional da Saúde (DRS).

Sobre as obras em curso no concelho de Santana, no norte da ilha da Madeira, o único município na região governado pelo CDS-PP, mencionou que já foi concluída a requalificação da zona da Queimadas, uma área muito procurada por residentes e visitantes.

"Neste momento, aproveitamos a Lei de Meios [criada para fazer face aos prejuízos avaliados em 1.080 ME provocados pela aluvião] porque a zona [hoje visitada] tinha sido muito afetada aquando do temporal de 20 de fevereiro de 2010, para requalificar toda a acessibilidade ao Pico das Pedras", realçou.

O governante explicou que a intervenção abrangeu obras numa estrada com uma extensão de cinco quilómetros, "muito usada pelos locais e o turismo, que era muito perigosa, sobretudo devido às águas e queda de pedras".

O responsável salientou que o projeto incluiu a consolidação dos taludes e representou um investimento na ordem dos 3,4 milhões de euros, tendo sido realizada mais rapidamente do que o previsto, visto que tinha conclusão estimada em março de 2022.

Na opinião de Albuquerque, tratou-se de "uma obra muito importante para requalificar a oferta turística e ambiental", complementando que é "uma das formas de preservar este espaço icónico da Madeira é melhorar os acessos e, sobretudo, a contenção das linhas de água para não causar prejuízos na floresta Laurissilva no ecossistema circundante".

Falando sobre a celeridade com que foi realizada esta obra, argumentou que "a pandemia deu para concentrar mais os recursos e a empreitada foi muito mais rápida", o que permite "aproveitar a retoma do turismo" da região.

O presidente do executivo madeirense destacou que esta é uma "obra importante para o concelho", adiantando que "um dos maiores empreendimentos da Madeira está a ser concretizado em Santana, nomeadamente a via expresso Ribeira de São Jorge – Arco de São Jorge".

Miguel Albuquerque anunciou ainda que a ponte entre a entrada da freguesia da Ilha e o centro de São Jorge "estará concluída a 20 de setembro e será imediatamente aberta ao serviço da população (até 22 setembro)", antes das eleições autárquicas que se realizam no dia 26.

Também explicou que está a ser realizado um "outro troço de ligação, entre São Jorge e o sítio dos Poços, na freguesia do Arco de São Jorge", cujo projeto inclui "um dos maiores viadutos da Madeira e é uma obra de engenharia notável, que estará pronta a 22 de setembro".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+