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Associações consideram subida do subsídio de risco para 100 euros um "insulto aos polícias"

03 set, 2021 - 16:26 • Lusa

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia disse para o Governo "não se admirar" quando faltarem candidatos a agentes.

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O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou esta sexta-feira que o aumento para 100 euros do subsídio de risco para a PSP e GNR é um "insulto aos polícias", assegurando que não vão desistir da reivindicação.

"Este valor é um insulto aos polícias, em nada traduz aquilo que era o necessário, aquilo que corresponde à complexidade da missão policial", lamentou Paulo Santos, em declarações à agência Lusa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta sexta-feira que o subsídio de risco para a PSP e GNR será aumentando para 100 euros, sublinhando que o aumento representa uma despesa anual de 50 milhões de euros e "um esforço muito significativo".

No entanto, para os representantes dos polícias, o aumento é insuficiente e reflete a desvalorização das forças policias.

Por isso, o presidente da ASPP/PSP deixou um alerta à tutela: "Não se admire que, mais tarde, não existam candidatos suficientes para fazer parte desta família policial na PSP".

A proposta desta associação sindical, em conjunto com a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) era a do pagamento faseado do subsídio de risco até 2024. Em janeiro de 2022 seria pago 200 euros, em 2023 aumentava para 300 euros, fixando-se em 2024 nos 430 euros.

O valor anunciado agora pelo Governo, e que já tinha sido proposto anteriormente pelo Ministério da Administração Interna, fica aquém das reivindicações sindicais e Paulo Sousa assegura que não vai desistir.

"Iremos continuar a fazer pressão junto dos grupos parlamentares para que, em sede do Orçamento do Estado, possam ajudar nesta luta", adiantou o presidente da ASPP/PSP, acrescentando que serão discutidas formas adicionais de luta, sem precisar.

Associação dos Profissionais da GNR acusa Governo de “simulacro de negociação”

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) acusou o Governo de ter promovido um “simulacro de negociação” sobre o subsídio de risco e anunciou um novo protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro.

“Posso dizer que foi um simulacro de negociação. Os únicos que cederam foram as estruturas das forças de segurança. O Governo não cedeu em nada e manteve sempre a proposta inicial”, lamentou César Nogueira em declarações à Lusa.

“Prevíamos que o Governo não iria voltar atrás naquilo que propôs. Continuamos a dizer que foi uma proposta unilateral e que não houve uma negociação séria da parte do Governo”, salientou o presidente da APG/GNR, ao assegurar que o decreto-lei aprovado quinta-feira em Conselho de Ministros “apenas aplicou 68,96 euros a acrescentar a uma componente fixa que já existia”.

“Logicamente que não podemos ficar satisfeitos e vamos continuar a pugnar para que esse valor ainda seja aumentado em sede de discussão do Orçamento do Estado [para 2022]. Por isso é que temos tido reuniões com os vários grupos parlamentares”, adiantou César Nogueira.

Além dos contactos com as bancadas parlamentares, a APG/GNR pretende manter as ações de protesto, a primeira das quais a realizar em breve junto à residência oficial do primeiro-ministro, avançou.

A APG/GNR e Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) defendem o pagamento faseado do subsídio de risco até 2024. Em janeiro de 2022 seria pago 200 euros, em 2023 aumentava para 300 euros, fixando-se em 2024 nos 430 euros.

Já as restantes estruturas, que estão juntas numa plataforma e composta por 10 sindicatos da Polícia de Segurança Pública e três associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana, exigem um subsídio de risco no valor de 430,39 euros, idêntico ao que é atribuído a outras polícias, como inspetores da Polícia Judiciária e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo.

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  • Joaquim Correto
    03 set, 2021 Paços 17:29
    É absolutamente incompreensível esta posição por parte da PSP! Andaram anos e anos com promessas dos sucessivos governos de terem este subsidio de risco, agora que finalmente um governo decidiu (e bem) dar-lhes um subsidio de risco, eles acham mal! Só porque alguém decidiu dar, (muito erradamente e injustamente, para muitas outras profissões) um subsidio de risco de 400€ a outra classe, eles acham que é pouco um subsidio de 100€! Eu na minha profissão, na minha opinião, ganho mal e porcamente, tenho tanto risco ou mais do que a PSP e não recebo cheta por isso! Portanto, deviam estar, não digo agradecidos, porque recebem um subsidio que acho que lhes é devido, mas deviam estar contentes porque finalmente houve alguém com coragem de cumprir o que lhes prometeu!

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