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Cursos de medicina

Médicos de família em desacordo com ministro sobre novo modelo de ensino

02 set, 2021 - 09:55 • Anabela Góis , Olímpia Mairos

Em causa está a importação do modelo britânico, com formação diversificada em função da especialidade e menos anos em medicina familiar.

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O presidente da Associação de Médicos de Medicina Geral e Familiar (APMGF) está em desacordo com o ministro do Ensino Superior, no que toca à formação dos médicos de família.

“Relativamente à medicina familiar, discordo em absoluto. A medicina familiar não pode ter uma formação menos exigente”, defende Nuno Jacinto.

Em entrevista ao Diário de Notícias, o ministro Manuel Heitor defendeu a importação do modelo britânico, com formação diversificada, em função da especialidade e menos anos em medicina familiar.

Nuno Jacinto lembra que “a medicina geral e familiar tem feito um caminho importantíssimo ao longo das últimas décadas, de valorização, de dignificação desta especialidade e tem-se afirmado claramente como o pilar central do SNS”, defendendo que “assim tem que continuar a ser”.

“É incompreensível que se fale em menos exigência para a medicina geral e familiar. Não podemos ter um retrocesso. Nós temos que ter médicos de família, como temos hoje em dia, com uma formação de excelência, muito qualificados”, afirma.

O ministro quer apostar numa formação menos exigente nesta especialidade médica e em entrevista ao DN anunciou também, para para daqui a dois anos, a abertura de três novos cursos de medicina em Aveiro, Évora e Vila Real.
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  • Bruno
    02 set, 2021 aqui 22:09
    Existe uma diferença considerável entre a geração de médicos de família que se formou nos anos 80, antes de haver especialidade, em comparação com os médicos de família mais jovens. Não tem nada a ver e só quem não conhece a realidade pode defender o modelo antigo de baixa exigência para a especialidade.

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