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Plataforma de Apoio aos Refugiados procura ajuda para acolher afegãos

08 set, 2021 - 09:00 • Olímpia Mairos

Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) quer mobilizar a sociedade civil para colaborar na missão de acolher em Portugal mais refugiados.

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A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) está a apelar a uma mobilização urgente da sociedade civil para reforçar a capacidade de acolhimento de refugiados em Portugal, nomeadamente de cidadãos afegãos que estão a fugir todos os dias do Afeganistão e já começaram a chegar ao nosso país.

Neste contexto está a organizar sessões de esclarecimento públicas para todos os que queiram ajudar, sejam instituições anfitriãs ou voluntários a título individual. A primeira sessão tem lugar esta quarta-feira, às 18h00, na plataforma digital ZOOM.

Sublinhando que “o período atual é de grande pressão e instabilidade para a comunidade que a rede da PAR tem como missão apoiar, defender e, sobretudo, criar respostas de acolhimento e integração dentro de fronteiras”, o organismo refere que é “com bastante preocupação e noção do grau de imprevisibilidade e de indefinição destas situações de urgência humanitária que tem vindo a acompanhar os últimos acontecimentos, entre os quais se destaca a crise no Afeganistão”.

Jesuítas estão já a apoiar

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), no âmbito da emergência humanitária, foi convocado de urgência pela Câmara Municipal de Lisboa para apoiar a chegada de cidadãos afegãos a Portugal.

Está a fazê-lo em dois espaços: no Centro de Acolhimento Temporário de Refugiados (CATR), onde já tem uma presença permanente há alguns anos; e num novo centro adaptado, instalado numa instituição em Lisboa.

Segundo o Serviço Jesuíta aos Refugiados, “desde a madrugada do último sábado, chegaram de emergência a estes dois espaços 88 pessoas: 19 pessoas no CATR, 10 dos quais são crianças, e 69 pessoas na outra instituição, 36 das quais são crianças, algumas de tenra idade".

“A esmagadora maioria destas pessoas são famílias com crianças pequenas e nalguns casos avós. A postura de todos é de uma enorme gratidão por este acolhimento de emergência”, lê-se no comunicado que indica ainda que “a maioria dos homens cabeça-de-casal trabalharam como intérpretes no Afeganistão, em colaboração com as forças internacionais, incluindo as forças armadas portuguesas”.

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