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Ministra da Justiça

Morreu Sampaio. Portugal e o mundo perderam "um extraordinário humanista"

10 set, 2021 - 11:20 • Lusa

Ministra Francisca Van Dunem realça "exemplo de coerência, de retidão, de propósitos e de princípios" do antigo Presidente da República. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros enaltece a "feliz iniciativa de criar a Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios".

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A ministra da Justiça lamentou nesta sexta-feira a morte de Jorge Sampaio, afirmando que Portugal e o mundo perderam um "grande estadista" e "um extraordinário humanista".

"Com a morte de Jorge Sampaio, Portugal e o mundo perderam um grande jurista, um excelente advogado, um tribuno notável; perderam um grande estadista e um extraordinário humanista. Era isso que Jorge Sampaio era, sobretudo, e foi por causas de direitos humanos que ele lutou até mesmo no final da sua vida", disse Francisca Van Dunem numa declaração à agência Lusa.

Para a ministra a Justiça, toda a vida do antigo Presidente da República, que morreu nesta sexta-feira aos 81 anos, foi "um exemplo de coerência, de retidão, de propósitos e de princípios".

"Enquanto jovem, como agente estudantil, posteriormente como advogado, e advogado de causas da oposição democrática na defesa das liberdades, Jorge Sampaio sempre se distinguiu e esteve na primeira linha", salientou.

Com a morte de Jorge Sampaio, "ficamos hoje todos mais pobres, Portugal e o mundo", mas "neste momento", declarou, "aquilo que eu queria era dirigir uma palavra de pesar à família mais próxima".

Santos Silva destaca "resposta ao problema dos refugiados sírios"

O ministro dos Negócios Estrangeiros realça o percurso internacional de Jorge Sampaio. “Foi enviado especial do secretário-geral [da ONU] para a Luta Contra a Tuberculose e foi o primeiro representante do secretário-geral das Nações Unidas na Aliança das Civilizações".

Além disso, Augusto Santos Silva enaltece a criação da plataforma que ajudou muitos estudantes sírios a concluir os estudos.

"Em 2011/2012, teve a muito feliz iniciativa de criar em Portugal aquilo a que chamou a Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios, uma resposta ao problema dos refugiados sírios que eram estudantes universitários e viram os seus estudos interrompidos pela guerra civil naquele país", recorda.

Estes jovens puderam, assim, "merecer do empenho e do trabalho de Jorge Sampaio, da mobilização de recursos humanos, financeiros e institucionais que ele conseguiu, concluir os seus estudos em Portugal e hoje muitos são licenciados por universidades ou politécnicos portugueses, outros já mestres e há mesmo quem tenha acabado já o doutoramento”, sublinha.

Jorge Sampaio morreu nesta sexta-feira aos 81 anos. Estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.

Foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

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