10 set, 2021 - 18:14 • Redação
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As cerimónias fúnebres de Estado do antigo Presidente da República Jorge Sampaio realizam-se no domingo, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, anuncia o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. O velório decorre no sábado.
A urna de Jorge Sampaio começa a ser transportada no sábado, pelas 10h10, para o antigo Museu dos Coches, em Belém, onde vai ficar em câmara ardente até a manhã de domingo.
Durante o percurso pelas ruas da cidade, haverá uma paragem nos paços do concelho da Câmara de Lisboa.
Às 10h45, a urna segue para o antigo Museu dos Coches, através da Rua do Arsenal, da Praça do Comércio, Avenida Ribeira das Naus, Cais do Sodré, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia até chegar à Praça Afonso de Albuquerque.
O velório aberto ao público decorre no sábado, entre o meio-dia as 23h00, no antigo Museu dos Coches.
No domingo, a partir das 11h00, têm lugar as cerimónias fúnebres oficiais com honras de Estado no Mosteiro dos Jerónimos.
"A cerimónia oficial contará com intervenções do primeiro-ministro, do Presidente da Assembleia da República, do Presidente da República, por ordem crescente da hierarquia do Estado e também intervenções de familiares do Dr. Jorge Sampaio, com um momento cultural e também com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Teatro Nacional de São Carlos", indica o ministro Augusto Santos Silva.
A cerimónia decorrerá até às 13h00. A urna com o corpo de Jorge Sampaio segue depois em cortejo fúnebre até ao Cemitério do Alto de S. João, através da Avenida da Índia, Avenida 24 de Julho, Avenida Ribeira das Naus, Praça do Comércio, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mouzinho de Albuquerque, Praça Paiva Couceiro e da Rua Morais Soares.
A urna chega ao Cemitério do Alto de S. João pelas 13h30 e haverá uma homenagem prestada por companhias dos três ramos das Forças Armadas.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Durante o seu segundo mandato, em 2003, organizou a primeira reunião do "Grupo de Arraiolos", constituído por chefes de Estado da UE sem funções executivas.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.