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Juiz português preside à maior organização internacional de juízes

12 set, 2021 - 20:08 • Lusa

O juiz desembargador português prometeu ainda dar atenção particular à "cooperação internacional, integridade judicial, diversidade e género".

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O juiz desembargador do Tribunal da Relação do Porto José Igreja Matos foi eleito no sábado, por aclamação, presidente da União Internacional de Juízes, na reunião anual desta organização, anunciou este domingo.

Na reunião do Conselho Central da União Internacional de Juízes, que se realizou virtualmente, José Igreja Matos transitou do cargo de vice-presidente, que ocupava, para se tornar o primeiro português a presidir à maior organização internacional de juízes.

"É com enorme honra que fui eleito presidente da União Internacional de Juízes. Queria dedicar a minha eleição às mulheres juízas do Afeganistão. Verificando, com horror, os ataques às nossas colegas, o resto, tudo o resto, deixa de ter importância", escreveu Igreja Matos, na sua conta de Twitter.

Na sua mensagem à organização, Igreja Matos disse que "o Estado de Direito está agora mais ameaçado do que nunca em várias regiões do globo", prometendo que a União Internacional de Juízes "continuará na linha de frente desta batalha para defender um judiciário independente".

O juiz desembargador português prometeu ainda dar atenção particular à "cooperação internacional, integridade judicial, diversidade e género", apostando em levar a organização a regiões do planeta onde ainda está ausente.

A União Internacional dos Juízes foi fundada na Áustria, em 1953, com o objetivo de promover os valores do Estado de Direito e da independência do poder judicial e é formada por associações judiciais de 94 países dos cinco continentes.

O desembargador José Igreja Matos é juiz desde 1990, e foi promovido ao Tribunal da Relação do Porto em 2012.

Igreja Matos foi nomeado representante da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) na União Internacional de Juízes, em 2011, tendo presidido ao grupo regional da Associação Europeia de juízes, entre 2016 e 2021.

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