14 set, 2021 - 13:07 • Lusa
Veja também:
O ministro da Educação avisa que a testagem ao novo coronavírus do pessoal docente, não docente e alunos é muito importante para maximizar o ensino presencial no novo ano letivo que arranca esta terça-feira. Tiago Brandão Rodrigues admite que este não será ainda um ano normal.
"Temos 99% dos nossos professores com vacinação. Temos mais de 80% dos nossos jovens entre os 12 e os 17 anos com a vacinação já completa e muitos a terminarem já nos próximos dias. É muito importante que nós possamos adicionar à vacinação também estas testagens, por muito que seja redundante, (...), por muito que seja incómodo", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
O ministro falava à margem de uma visita à Escola Secundária do Cerco, no Porto, que iniciou hoje o ano letivo 2021/2022 com aulas presenciais e testagens aos professores e pessoal não docente.
"O certo é que estamos a fazê-lo, também para cumprir as regras e podermos maximizar aquilo que é o ensino presencial", declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre o uso de máscara dos alunos nos recreios das escolas durante todo o ano letivo, o ministro da Educação disse que "neste momento é claro o que está em vigor", referindo-se às recomendações da Direção-Geral da Saúde que indica para o uso de máscaras nos recreios das escolas.
"Neste momento é claro o que está em vigor. Sabemos que estamos sempre a trabalhar com as autoridades de saúde para ser aconselhados, para ser recomendados e para seguir também as instruções, as obrigações, as recomendações da Direção-Geral da Saúde e assim será durante este ano [letivo]".
Explicador
A máscara continua a ser obrigatória para pessoas (...)
Tiago Brandão Rodrigues acrescentou, todavia, que o que deseja é que aos poucos se regresse à normalidade.
"Como sociedade, o que queremos é que paulatinamente possamos caminhar para uma normalidade, fora das escolas, nos espaços exteriores, dentro das escolas, tanto no interior, como no exterior, mas só a situação pandémica e as autoridades de saúde é que nos poderão aconselhar, recomendar e a obrigar àquilo que temos de seguir".
Relativamente ao uso da máscara, o ministro recordou que no ano passado havia "um referencial que sofreu ligeiros ajustes e que foi apresentado às escolas e às comunidades educativas no dia 31 de agosto.
"As escolas puderam implementar. Houve algumas dúvidas relativamente às metodologias relativamente à utilização das máscaras em espaço interior e exterior das escolas. A Direção-Geral da Saúde pode clarificar relativamente a isso e são as regras que temos".
Questionado sobre os principais desafios para as escolas neste ano letivo ainda com a pandemia de covid-19, o ministro assumiu que este ainda não era um ano letivo normal.
Durante este fim de semana, cerca de 23 mil jovens(...)
"Este ano não será necessariamente um ano normal. Primeiro, porque é um ano que se segue a muitos constrangimentos, mas por outro lado, porque sabemos que é preciso recuperar muitas das aprendizagens perdidas e ainda estamos numa situação pandémica com um conjunto de constrangimentos".
Tiago Brandão Rodrigues referiu, no entanto, que as escolas têm sido "muito cumpridoras" e que "têm sabido entender cada momento de forma importante".
"O que temos de continuar a fazer é trabalhar e a dar condições às escolas para elas responderem àquilo que são as necessidades de cada uma das crianças, não deixando ninguém para trás e acima de tudo fazendo recuperar as aprendizagens e tentar atingir paulatinamente aquilo que é a normalidade", concluiu.
Brandão Rodrigues assinalou hoje o início do novo ano letivo 2021/2022, com a presença na Escola Secundária do Cerco (Porto), pertencente a um agrupamento com cerca de dois mil alunos, que oferece além do ensino normal, o ensino profissional e ensino articulado.
O ministro entrou em várias salas de aula do ensino profissional, nomeadamente em turmas dos cursos de Eletrónica, Automação e Computação, Informática e Turismo, onde incentivou os alunos a se empenharem nos projetos das PAP - Provas de Aptidão Pedagógica - para entrarem n mundo laboral, mas sempre alertando os estudantes que também poderiam cumprir uma licenciatura no ensino superior.