16 set, 2021 - 08:18 • Redação com Lusa
Especialistas e políticos voltam esta quinta-feira ao Infarmed, em Lisboa, para analisar a evolução da pandemia, numa altura em que Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a Covid-19.
A reunião marcada para esta tarde acontece num contexto que o Presidente da República classifica como a “melhor situação epidemiológica do último ano e meio”. Mas o secretário de Estado adjunto e da saúde avisa, no entanto, que algumas medidas terão de manter-se. “É natural que – em função da evolução epidemiológica e do esquema vacinal – haja uma flexibilização das medidas, mas também em nome do bom-senso é natural que muitos de nós continuemos a andar de máscara”, disse Lacerda Sales.
Na reunião, que mantém o formato semi-presencial, participam o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro.
Como tem sido habitual, a ministra da Saúde e grande parte dos especialistas estarão presentes e, desta vez, os diferentes partidos com assento parlamentar poderão enviar um elemento à reunião. Os restantes acompanharão os trabalhos por videoconferência.
Na semana passada, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que neste encontro será debatida a nova etapa do processo de desconfinamento, num momento em que o país está próximo de concluir o plano de vacinação que arrancou no final de 2020 e a alcançar os 85% da população vacinada.
Neste encontro, será analisada a situação epidemiológica no país, a efetividade das vacinas, os cenários para o outono e inverno, entre outras questões relacionadas com a pandemia.
Estão criadas condições para novo alívio de medidas?
Sim, já estava previsto que quando Portugal chegasse aos 85% de vacinados se avançasse para a última fase da chamado plano de libertação. Pensava-se que seria em outubro, mas pode ser um pouco mais cedo dada a aceleração das vacinas. E o que vai estar em debate é precisamente a passagem a essa nova fase de levantamento de restrições e o que deve ou não manter-se em vigor.
Em concreto o que é que pode mudar?
O que o Governo tinha anunciado era que na última fase do desconfinamento os restaurantes e cafés podiam passar a funcionar sem limite de pessoas quer nas esplanadas, quer no interior. Outros estabelecimentos e atividades, incluindo os eventos culturais, também deixariam de ter lotação condicionada, à semelhança dos eventos familiares, como casamentos e batizados e até as discotecas poderiam reabrir.
O objetivo é ir acabando com as obrigatoriedades - as lotações, os certificados digitais, as máscaras, a higienização das mãos, são medidas que progressivamente devem deixar de ser impostas para passarem para o plano da responsabilidade individual.
O que deve continuar obrigatório é o uso de máscaras em espaços fechados.
Os certificados de vacinação podem acabar?
Máscaras, certificados digitais, lotações de espaços, higienização das mãos e todas as restrições impostas aos portugueses contra a Covid devem deixar de ser obrigatórias a partir do final do mês.