16 set, 2021 - 13:09 • Marina Pimentel
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) considera abusiva e prematura a notícia de que os três reclusos que morreram, na quarta-feira, foram vitimados pelo consumo de uma nova droga, conforme adianta na edição de hoje o “Correio da Manhã”.
Em resposta a uma pergunta colocada pela Renascença, a DGRSP confirma que se registaram, ontem, dia 15 de setembro, dois óbitos de reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Ambos eram objeto de acompanhamento clínico e um deles padecia de problemas cardíacos.
Um dos reclusos foi encontrado sem vida na sua cela individual e outro sentiu-se mal pela manhã, tendo sido objeto de manobras de reanimação efetuadas pelos serviços clínicos do estabelecimento que, no entanto, não resultaram.
A DGRSP esclarece que, além de ter sido ativado o INEM, foi chamado órgão de polícia criminal e os corpos conduzidos para o Instituto Nacional de Medicina Legal para efeitos de autópsia, tendo em vista o apuramento da causa de morte de cada um dos reclusos.
Por isso, é prematura e abusiva a associação entre estes óbitos e uma determinada causa, como é caso do consumo de estupefacientes, sublinha a direção-geral.
Os Serviços Prisionais confirmam também que um recluso do Estabelecimento Prisional de Alcoentre morreu durante o sono, na sua cela. Também neste caso se aguardam os resultados da autópsia.
A DGRSP informa ainda que foram abertos processos de averiguação internos para apuramento das circunstâncias em que as mortes tiveram lugar.