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Pandemia

Covid-19. Fernando Nobre alvo de processo disciplinar da Ordem dos Médicos

21 set, 2021 - 18:55 • Lusa

Em causa estão declarações do presidente da Assistência Médica Internacional durante uma manifestação de negacionistas da pandemia de Covid-19 realizada junto à Assembleia da República.

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A Ordem dos Médicos abriu esta terça-feira um processo disciplinar ao médico Fernando Nobre, na sequência de uma queixa sobre declarações que prestou numa manifestação de negacionistas da pandemia de Covid-19 realizada junto à Assembleia da República.

“Confirmo que deu entrada uma queixa e que se abriu um processo disciplinar” na reunião que decorreu hoje, adiantou à Lusa o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem, Alexandre Valentim Lourenço.

A queixa recebida na OM é “relativa à interpelação” que Fernando Nobre fez junto à Assembleia da República, quando decorria a manifestação, adiantou Alexandre Valentim Lourenço.

Este processo tem agora um “prazo de instrução, de averiguação, de avaliação e ele terá de responder. Faz parte do nosso regulamento disciplinar”, referiu Alexandre Valentim Lourenço, ao adiantar que os processos disciplinares são da responsabilidade dos conselhos disciplinares onde o médico está inscrito, neste caso, o Conselho Disciplinar da Região do Sul da Ordem.

Fernando Nobre é fundador e presidente da organização não-governamental Assistência Médica Internacional (AMI), foi candidato à Presidência da República em 2010 e eleito deputado pelo PSD nas legislativas de 2011, tendo renunciado ao mandato um mês depois, após ter falhado a eleição para presidente do parlamento.

Em 22 de outubro de 2020, o médico apelou aos deputados para que votassem contra a obrigatoriedade de máscara na rua, alegando que estavam em causa direitos e liberdades fundamentais num tema que não reunia consenso científico.

Em declarações à Lusa na altura, Fernando Nobre defendeu que a Constituição da República assegura um conjunto de direitos, liberdades e garantias que, no seu entender, ficariam em causa com a aprovação da obrigatoriedade do uso de máscara na via pública.

“Sinto-me coagido nas minhas liberdades, direitos e garantias que são indeclináveis e que não podem estar sujeitas a interpretações porque isso pode-se tornar perigoso. Daí eu apelar para que os senhores deputados, que o senhor Presidente da República (que é constitucionalista e jurista) e que o Tribunal Constitucional, por favor zelem pelos direitos liberdades e garantias de todos os cidadãos portugueses”, disse na altura.

Na intervenção que fez na manifestação, Fernando Nobre considerou “inacreditável” vacinar crianças e jovens dos 12 aos 16 anos e referiu que se tratou a si próprio da infeção, assim como à mulher e à filha, com medicamentos que não estão aconselhados para a Covid-19.

“Numa semana estávamos todos bem”, assegurou Fernando Nobre, que salientou ainda que trabalhou em várias epidemias e nunca recebeu “nem mais um cêntimo” por isso, alegando que era esta a sua função de médico.

Comentários
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  • Filipe
    21 set, 2021 évora 19:38
    O Estado de Emergência virou Portugal naquilo que sempre foi de alguma maneira encoberto , mas agora à flor da pele , um Estado Ditador Oligárquico . Tal como o regime de Vladimir Putin , quem ousar impor-se ou negar é perseguido até ao Inferno . Temos agora em Portugal um Estado Nacional Socialista . Não se pode já ter liberdade de pensamento e de atitude no caso da alegada pandemia . Morrem em 2019 mais de 30.000 pessoas por doenças do aparelho circulatório , morrem em 2019 mais de 30.000 pessoas por tumores ... etc. Morrem por dia em Portugal 16 pessoas por pneumonias correntes . Morrem 18.000 pessoas em dois anos por alegada Covid-19 e está criada uma pandemia . Está sim senhor e vai servir para os mesmos de sempre , políticos , famílias , amigos e afins irem se aviar do dinheiro da "bazuca" , armaram-se coitadinhos para assim fazerem o farrobadó como o jornal Tal e Qual meteu na primeira página . Interessa a muitos estas alegadas calamidades . Mas agora vamos ver quantas pessoas em 2020 e 2021 morreram a mais que o normal por terem sido esquecidas por falta de consultas programadas , cirurgias adiadas e afins ... pois para além da Covid -19 existem mais doenças agora ignoradas , porque interessa aos sacos azuis assim serem escondidas , tal e qual como fizeram aos militares feridos na Guerra de África aquando o regresso a Portugal , assim os esconderam em buracos alegados de Hospitais . As outras doenças estão a alastrar como formigas quando a sua casa é atacada .
  • EU
    21 set, 2021 PORTUGAL 18:18
    Bem prega Frei Tomás. Então porque razão renunciou ao lugar na Assembleia da República?

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