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PJ

Preventiva para dois suspeitos de raptarem criança em Leiria para casamento forçado

22 set, 2021 - 21:42 • Lusa

Operação surge na sequência de outra, efetuada a 22 de junho, data em que foram detidos três homens e duas mulheres, que se encontram igualmente em prisão preventiva.

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Dois dos três homens detidos pela Polícia Judiciária (PJ), suspeitos de raptarem uma criança em Leiria para forçar o casamento com um menor, vão aguardar julgamento em prisão preventiva, disse à Lusa fonte desta polícia, esta quarta-feira.

O terceiro arguido ficou em liberdade, condicionada a apresentações periódicas, adiantou a mesma fonte.

Esta quarta-feira, a PJ anunciou ter detido três suspeitos, elevando para oito o número de detenções no âmbito deste inquérito.

Em comunicado, a PJ informou que, através do seu Departamento de Investigação Criminal de Leiria, deteve, na terça-feira, “três suspeitos de crimes de rapto, tentativa de homicídio, danos com arma de fogo e abuso sexual de criança, nas cidades de Leiria e Marinha Grande, na sequência da emissão dos respetivos mandados” pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria.

Esta operação surgiu na sequência de outra, efetuada em 22 de junho, data em que foram detidos três homens e duas mulheres, entre os 26 e os 51 anos, suspeitos da prática dos mesmos factos, e que se encontram em prisão preventiva.

Então, uma sexta pessoa foi identificada como estando envolvida na consumação destes crimes.

A PJ explicou no comunicado hoje emitido que este caso foi desencadeado “pela recusa de uma família em aceitar o ‘casamento’ da sua filha de 13 anos com um rapaz de igual idade”.

“Os suspeitos, familiares do rapaz, agora todos detidos e indiciados por aqueles crimes, encetaram diversas ações criminais que, num primeiro momento, se consubstanciaram na tentativa de assassinato a tiro do pai da menor, danos com arma de fogo, nomeadamente numa viatura e numa casa, e tentativa de rapto da criança, e num segundo momento, na consumação do rapto e na tentativa de que esta consumasse relação sexual com o forçado pretendente”, referiu o comunicado.

A menor foi libertada no dia seguinte ao rapto.

A PJ acrescentou que os arguidos têm entre os 24 e os 30 anos, “não têm ocupação laboral conhecida e possuem todos antecedentes policiais e criminais”.

Segundo a PJ, que teve a colaboração da PSP da Marinha Grande, os detidos são homens.

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