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Presidente da ANA não antevê novo aeroporto antes de 2035/2040

27 set, 2021 - 20:14 • Lusa

"A única solução que tem declaração de impacte ambiental é o Montijo, que pode ser construída amanhã. De Alcochete não sabemos e a nova versão do Montijo também não. Portanto, é preciso que haja esse estudo, que o poder político e os partidos se entendam sobre a convergência e nos deem a possibilidade e nos deixem construir", refere José Luís Arnaut.

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O presidente do Conselho de Administração da ANA - Aeroportos de Portugal diz que Portugal não deve ter uma nova infraestrutura aeroportuária antes de 2035/2040 e pede uma solução política célere.

Na conferência Dia Mundial do Turismo, organizada pela Confederação Portuguesa do Turismo, que decorreu esta segunda-feira em Coimbra, José Luís Arnaut falou de uma situação "esquizofrénica", em que existe um concessionário que quer investir e há "um conjunto de vicissitudes externas e de constrangimentos de contexto" que não permitem avançar.

"A única solução que tem declaração de impacte ambiental é o Montijo, que pode ser construída amanhã. De Alcochete não sabemos e a nova versão do Montijo também não. Portanto, é preciso que haja esse estudo, que o poder político e os partidos se entendam sobre a convergência e nos deem a possibilidade e nos deixem construir", frisou.

O presidente da ANA salienta que se tivesse sido cumprido o acordo assinado com o Governo em 2019, que previa a construção do novo aeroporto no Montijo, em 2024 o país teria "uma nova infraestrutura aeroportuária".

"A TAP e Portugal precisam de um novo aeroporto", sustentou José Luís Arnaut, salientando que 95% dos turistas chegam a Portugal de avião e sem uma nova infraestrutura "o turismo não cresce".

Com o novo aeroporto, acrescenta, Lisboa poderia receber anualmente mais 10 milhões de passageiros, "que se perdem, o que é um valor económico imensurável".

Salientando que não há "soluções perfeitas", o responsável máximo da ANA pede uma solução para um equipamento que "é necessário e torna-se urgente".

Sobre o movimento atual de passageiros, o presidente da ANA adiantou que nos meses de julho e agosto os aeroportos portugueses estavam a 66% do tráfego registado em 2019.

A Madeira e Açores são casos de "recuperação fantásticos", com 95% e 87%, respetivamente, "quase ao nível de 2019", e o Porto já vai nos 65%.

"Lisboa está a recuperar bem, com 54%, e Faro, com a limitação dos ingleses, tem ainda alguma dificuldade, mas queremos crescer mais e há capacidade de crescer mais. Os turistas se não vierem para Lisboa vão para outro sítio", defendeu José Luís Arnaut.

A Conferência Dia Mundial do Turismo decorreu na Antiga Igreja do Convento São Francisco, em Coimbra, com a presença do Presidente da República na sessão de encerramento.

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