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Incêndios

Época mais crítica termina com menor número de fogos da última década

30 set, 2021 - 06:20 • Lusa

Este ano, arderam quase 27 mil hectares, o segundo valor mais reduzido de área ardida desde 2011, segundo o Ministério da Administração Interna. Castro Marim e Monchique foram os concelhos mais afetados.

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A época mais crítica de incêndios rurais e a que mobiliza o maior número de meios de combate termina nesta quinta-feira, com registo do menor número de fogos e o segundo valor mais reduzido de área ardida da última década.

Nos últimos três meses, o dispositivo de combate a incêndios rurais esteve na sua capacidade máxima, com 12.058 operacionais, 2.795 equipas, 2.656 veículos e 60 meios aéreos no terreno, no denominado "reforçado – nível IV".

Durante esta época de fogos, considerada a de maior risco, o Governo decretou por uma vez em agosto a situação de alerta especial para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), mas que não teve consequências como em anos anteriores.

Os últimos dados disponíveis indicam que se registaram, neste ano, 7.114 fogos rurais que resultaram em 26.833 hectares (ha) de área ardida, sendo 2021, até ao momento, o ano com "o valor mais reduzido em número de incêndios e o segundo valor mais reduzido de área ardida desde 2011", segundo o Ministério da Administração Interna.

A maioria dos fogos que deflagraram este ano foi de pequena dimensão e consumiu uma área inferior a um hectare, tendo apenas ocorrido dois incêndios, nos concelhos de Castro Marim e Monchique, no Algarve, com uma área ardida superior ou igual a 1.000 hectares.

O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que o fogo que começou em 16 de agosto no concelho de Castro Marim, distrito de Faro, foi o que resultou em mais área ardida, num total de 6.679 hectares, tendo o incêndio em Monchique, que deflagrou a 17 de julho, devastado 1.915 hectares.

Negligência ou fogo posto

Segundo o ICNF, a maior parte dos incêndios rurais registados este ano tiveram como causas o uso negligente do fogo, como queimas ou queimadas, e fogo posto.

"As causas mais frequentes em 2021 são: uso negligente do fogo (48%) e o incendiarismo – imputáveis (23%), naquele caso com relevância para as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (21%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (10%) e queimadas para gestão de pasto para gado (14%).

Os reacendimentos representam 4% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores (16%)", precisa o relatório com dados provisórios até 15 de setembro.

Nível III a partir de outubro

Terminada a época mais crítica de incêndios, os meios de combate vão ser reduzidos a partir de sexta-feira, dia 1 de outubro, ao passar estar em vigor o nível de empenho operacional denominado "reforçado de nível III", de acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o DECIR. .

Durante a primeira quinzena de outubro, vão estar no terreno até 9.8958 elementos de 2.280 equipas e até 2.115 veículos dos vários agentes presentes no terreno e até 60 meios aéreos.

A Rede Nacional de Postos de Vigia para prevenir e detetar incêndios vai continuar com os 230 postos de vigia até 15 de outubro.

Na segunda quinzena de outubro, a DON prevê uma nova redução dos meios de combate a incêndios.

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