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Governo vai recrutar dez médicos para hospital de Setúbal e fazer obras de ampliação

04 out, 2021 - 21:39 • Lusa

António Lacerda Sales avançou que o concurso internacional de ampliação da unidade hospitalar vai ser lançado durante a primeira quinzena de outubro.

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O Governo vai recrutar dez médicos de diferentes especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal e lançar o concurso internacional para as obras de ampliação, anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, esta segunda-feira.

António Lacerda Sales precisou que o concurso internacional de ampliação da unidade hospitalar vai ser lançado durante a primeira quinzena de outubro e a obra "estará terminada em 2023".

À margem da assinatura do acordo de cooperação entre o INEM, Liga dos Bombeiros Portugueses e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o secretário de estado foi questionado sobre a situação no Centro Hospitalar de Setúbal, após a demissão do diretor clínico, que justificou a decisão com a falta de condições do hospital.

O governante disse aos jornalistas que o Governo está a "acompanhar muito de perto" a situação e "ir ao encontro das reivindicações, dentro daquilo que são os quadros legais vigentes".

"Relativamente à questão dos recursos humanos, já hoje fiz alguns despachos. Estamos, dentro daquilo que são os quadros legais vigentes a ir ao encontro dessas reivindicações, recrutando mais médicos especialistas para determinadas especialidades", precisou.

António Lacerda Sales avançou que vão ser recrutados dez médicos para três ou quatro especialidades diferentes.

Na quinta-feira passada, o diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, Nuno Fachada, apresentou a demissão do cargo, justificando a decisão com a falta de condições do hospital, inclusive a "situação de rotura e agravamento nas urgências médicas, obstétrica, EEMI [Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar]", assim como "dificuldades noutras escalas como a pediátrica, cirúrgica, via verde AVC, urgências internas, etc".

O diretor clínico justifica a demissão com a "não resposta sobre a requalificação e financiamento do CHS [Centro Hospitalar de Setúbal] para grupo D", "afastamento e colapso dos cuidados primários de saúde, agravando as dificuldades dos doentes", assim como "incertezas quando ao ecletismo, adaptação e capacidade das obras das urgências".

Reagindo à demissão, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, pediu ao Governo que encare a demissão de Nuno Fachada como "um grito de alerta" e resolva os problemas da unidade.

Também a Ordem dos Médicos manifestou solidariedade para com o diretor clínico demissionário do Centro Hospitalar de Setúbal, Nuno Fachada, apelando para que o Governo resolva os "problemas graves" daquela unidade.

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