08 out, 2021 - 15:53 • Redação, com Lusa
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A administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19 inicia-se na próxima semana, com prioridade às pessoas com 80 e mais anos e utentes de lares e de cuidados continuados, anunciou hoje a diretora-geral da Saúde.
“Vamos iniciar a terceira dose de reforço a pessoas com 65 ou mais anos, sendo que neste grupo etário a prioridade são as pessoas que têm 80 ou mais anos e as pessoas que são utentes de lares e da rede de cuidados continuados e de outras instituições similares”, referiu Graça Freitas em conferência de imprensa.
Segundo a responsável da Direção-Geral da Saúde, esta dose de reforço da imunidade "destina-se, nesta fase, às pessoas com mais idade, porque há sempre esta associação entre o fator idade e o fator vulnerabilidade”.
A diretora-geral adiantou ainda que esta dose de reforço será administrada a “pessoas que ficaram com imunidade na primeira série vacinal”, mas em que, com o passar do tempo, é necessário “passar a imunidade outra vez para o nível ótimo”.
Graça Freitas salientou ainda que, relativamente aos imunossuprimidos, já está a ser administrada uma dose adicional da vacina contra o SARS-CoV-2 há algumas semanas.
A terceira dose avança na próxima semana, mas diretora-geral da Saúde não adianta o dia porque aguarda orientações da Organização Mundial de Saúde sobre a coadministração da vacina da gripe sazonal e da Covid-19.
“Em relação ao dia concreto não posso dizer porque depende da resposta a outras perguntas. Hoje vamos publicar norma numa versão mais conservadora, porque OMS não emitiu parecer sobre coadministração. Sem coadministração haverá um intervalo de pelo menos 14 dias entre a vacina da gripe e da Covid. Ir por um caminho ou por outro implica logísticas diferentes", explica Graça Freitas.
Em relação aos doentes recuperados, Graça Freitas diz que para já estão excluídos da terceira dose.
"O ECDC [Centro Europeu de Controlo de Doenças] não dá indicação de ser dar dose de reforço a recuperados. No entanto, a comissão técnica de vacinação e os outros peritos estão a analisar essa hipótese. O que vai sair na norma é que não há, à data, indicação para que os recuperados façam uma dose de reforço. Este assunto continua a ser estudado", sublinha a diretora-geral da Saúde.