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Linhas vermelhas da pandemia

Covid-19. Mais de 43 mil vacinados foram infetados e 467 morreram

08 out, 2021 - 21:12 • Lusa

Relatório conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Ricardo Jorge indica que cerca de três em cada quatro mortes entre pessoas com vacinação completa ocorreram em pessoas com mais de 80 anos.

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Mais de 43 mil pessoas com vacinação completa contra a Covid-19 foram infetadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, o que representa 0,5% do total de vacinados, e 467 morreram, indica o relatório semanal das “linhas vermelhas” da pandemia divulgado esta sexta-feira.

“Desde o início do processo de vacinação contra a Covid-19, foram identificados 43.751 casos de infeção por SARS-CoV-2 entre os 8.603.453 indivíduos com esquema vacinal completo há mais de 14 dias (0,5%)”, refere o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

De acordo com esta análise de risco da pandemia, entre as pessoas infetadas, 774 (1,8%) foram internadas com diagnóstico principal de Covid-19, mais de metade das quais idosos com mais de 80 anos.

No total de casos de infeção em pessoas com a vacinação completa, foram registados 467 óbitos por Covid-19 (1,1%), sendo quase 74% destas mortes também de pessoas com mais de 80 anos, refere o relatório.

“Entre 1 e 30 de julho de 2021, os casos com esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de hospitalização cerca de três a seis vezes inferior aos casos não vacinados”, adiantam as autoridades de saúde.

O relatório indica ainda que, durante o mês de setembro, ocorreram 126 óbitos em pessoas com esquema vacinal completo, 13 óbitos em pessoas com vacinação incompleta e 78 óbitos em pessoas não vacinadas.

“O risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é duas a quatro vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas, de acordo com os dados de agosto, mês com os dados consolidados mais recentes”, explica o documento.

De acordo com a DGS e o INSA, a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de intensidade reduzida, com tendência decrescente a nível nacional, o que se reflete numa baixa pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade associada à Covid-19.

O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 83, com tendência decrescente em todo o país, e nenhuma região apresentou uma incidência superior ao limiar de 240 casos.

No grupo etário das pessoas com 65 ou mais anos, a incidência acumulada a 14 dias está nos 69 casos, com tendência estável, avança o relatório, que indica que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus é inferior a 1 em todas as regiões do continente, com exceção do Alentejo, que regista 1,05.

O número de pessoas com Covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou também uma tendência decrescente, correspondendo agora a 22% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior foi de 27%.

O relatório indica também que a mortalidade por Covid-19 está nos 7,8 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes.

“Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças”, o que revela um “impacte reduzido da pandemia em termos de mortalidade” por Covid-19, revelam as “linhas vermelhas”.

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