14 out, 2021 - 08:30 • Anabela Góis
Arranca esta quinta-feira a segunda fase da vacinação contra a gripe.
Depois de a vacina já ter sido administrada em lares, a grávidas e profissionais de saúde, vão ser chamados os restantes grupos-alvo, incluindo as pessoas a partir dos 65 anos, utentes de serviço de apoio domiciliário, seja dos serviços sociais ou de enfermagem, os doentes internados nos hospitais com patologias crónicas, para as quais se recomenda a vacinação, e pessoas portadoras de doenças cardiovasculares, insuficiência renal, pulmonares ou imunodeprimidos. Consulta aqui a norma.
Como é que são chamados?
O agendamento e convocatória para vacinação das pessoas abrangidas pela vacinação gratuita (mais de 65 anos) são realizados através de vários métodos, nomeadamente: envio de SMS automático, telefonema ou carta.
Além desses grupos prioritários, há outras pessoas que também devem ser vacinadas?
É recomendada para pessoas com mais de 60 anos, que sofrem de doenças respiratórias como asma ou alergias, para todos aqueles a quem o médico recomendar a vacina e ainda para os profissionais dos infantários, das creches e dos estabelecimentos prisionais.
E quem não tem direito a vacina gratuita?
Às pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no SNS, a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%. As vacinas vão estar disponíveis a partir de dia 25 de outubro.
Há vacinas para toda a gente? No ano passado houve problemas e houve quem ficasse para trás...
Este ano foram compradas mais doses. Inicialmente, Portugal garantiu cerca de dois milhões e duzentas mil doses (perto de 150 mil doses a mais em relação ao passado). E no final do mês passado, a ministra da Saúde anunciou que tinha conseguido encomendar mais alguns milhares - mais 300 mil doses, porque houve outros países que desistiram de comprar.
A estas juntam-se mais 700 mil doses adquiridas pelas farmácias.
Sempre vai avançar a possibilidade de a vacina da gripe ser dada em simultâneo com a 3.ª dose da vacina para a SarsCov2?
A DGS pediu um parecer à Organização Mundial da Saúde sobre essa possibilidade, mas, até agora, ainda não teve resposta oficial, embora um grupo de peritos da OMS já tenha indicado que é aceitável a toma simultânea das duas vacinas.
Este compasso de espera não pára o processo de vacinação em Portugal e, por isso, o que está a acontecer é que está a ser respeitado um intervalo de 14 dias entre as duas vacinas. Daí que nos lares de idosos, onde arrancou em 1.º lugar a vacinação contra a gripe, só agora é que começou a ser dado reforço da vacina para a Covid-19.