13 out, 2021 - 18:56 • Ricardo Vieira
Os sindicatos dos médicos anunciaram a convocação de uma greve nacional para os dias 23, 24 e 25 de novembro.
O protesto nacional foi anunciado no final de uma reunião que decorreu esta quarta-feira, em Coimbra.
“A situação no Serviço Nacional de Saúde e o nível a que os médicos estão a ser sujeitos ao nível das condições de trabalho é insustentável”, disse Manuel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos.
As propostas no Orçamento do Estado para 2022 para os médicos e para o Serviço Nacional de Saúde, conhecidas esta semana, "são de tal modo insuficientes que mal merecem a nossa consideração", afirma Manuel Carrilho.
“Assim sendo, e por exigência dos nossos associados, iremos avançar para uma greve geral de médicos no final de novembro", disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos.
Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), justifica a greve com a falta de condições e de financiamento do SNS, a avisa que os médicos estão no limite.
"Esta greve tem como objetivo fundamental exigir financiamento do SNS, de passarmos das palavras aos atos. Hoje é evidente, um pouco por todo o país, no Porto, em Leiria, que os médicos, apesar de todos os esforços que têm feito – que no ano passado deram 8 milhões de horas extraordinária ao SNS – não conseguem aguentar mais”, afirma Roque da Cunha.
O sindicalista abre a porta do diálogo e diz que está nas mãos do Governo evitar a greve dos médicos.
Esta semana, os sindicatos anunciaram que os enfermeiros vão fazer greve na primeira semana de novembro. A data será conhecida na sexta-feira.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar revelaram, esta quarta-feira, que vão estar em greve por duas horas no próximo dia 16, exigindo a revisão da carreira e melhores condições de trabalho, prevendo igualmente uma concentração frente à delegação do Norte do INEM.
A proposta de Orçamento do Estado para 2022, apresentada esta semana pelo Governo, contempla mais 703 milhões para o Serviço Nacional de Saúde.
[datas da greve atualizadas após correção da Federação Nacional dos Médicos]