20 out, 2021 - 00:48 • Lusa
A PSP regista “uma tendência decrescente” das situações de bullying nas escolas desde o ano letivo 2013/2014 com os casos de agressões físicas a diminuírem e as injúrias e ameaças entre os jovens a aumentaram.
No Dia Mundial do Combate ao Bullying, que se assinala esta qurata-feira, a Polícia de Segurança Pública alerta para este fenómeno, principalmente no meio escolar, estando a realizar uma operação de sensibilização nas escolas do primeiro, segundo e terceiro ciclo até ao dia 29.
Em comunicado, a PSP refere que, desde o ano letivo 2013/2014, tem registado “uma tendência decrescente, tanto no número total como na gravidade das ocorrências criminais e não criminais reportadas em ambiente escolar”.
“Esta tendência decrescente é mais acentuada nas participações por agressões físicas, com reflexo no acréscimo das injúrias e ameaças ”.
A PSP adianta que a tendência decrescente das situações de bullying "parece revelar que as vítimas e a comunidade reagem de forma mais precoce a este fenómeno, havendo menos situações que chegam ao ponto da agressão física sem conhecimento e intervenção das instituições”.
O comunicado dá conta que a operação “Bullying é para fracos”, iniciada na segunda-feira, decorre por ocasião do Dia Mundial do Combate ao Bullying e abrange crianças e jovens dos 6 aos 15 anos.
Revela também que, desde o início do ano letivo, tem estado “particularmente atenta à forma como estão a ser retomados tanto os contactos interpessoais como as dinâmicas de socialização entre as crianças e jovens em ambiente escolar” após o confinamento devido à pandemia.
A ausência prolongada de interação presencial pode ter contribuído para uma diminuição "das competências de socialização e com isso potenciar comportamentos de bullying ou cyberbullying".
A PSP reforça a informação e sensibilização junto da comunidade descolar com o objetivo de “aumentar o conhecimento sobre este fenómeno”, “fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de bullying”, aumentar a confiança nas capacidades da polícia “para intervir e lidar eficazmente com o problema” e “promover a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas” para aumentar a confiança na denúncia aos polícias da Escola Segura como forma de desencadear a resolução desta problemática.